“Um jogo de cartas marcadas”. Assim se referiu o vereador Jorge Ladeia ao denunciar um suposto esquema na contratação do serviço de transporte público na Prefeitura de Caetité, a 645 km de Salvador. Uma representação, assinada pelo edil, acusa o prefeito Valtécio Neves Aguiar (PDT) de improbidade administrativa e cobra do legislativo municipal a instauração de um inquérito civil contra o mesmo.
De acordo com o Ladeia, apesar da prefeitura alegar que a volta às aulas no município foi adiada para o mês de março por conta da pandemia, o verdadeiro motivo do atraso seria “a montagem do processo para a contratação de terceiros, sem licitação, os quais devem prestar o serviço de transporte escolar municipal”.
“A contratação, tudo parece revelar, seguiu um jogo de cartas marcadas, porque foi destinada a pessoas certas e determinadas: nos casos apurados até a presente data, aos amigos do rei, isto é, do Prefeito”, acusou o vereador.
Ainda segundo Ladeia, com a dispensa de licitação foram favorecidas nos contratos, segundo ele “superfaturados”, pessoas ligadas a secretários e ao próprio chefe do executivo:
“Os valores praticados em Caetité sob a gestão do representado superam, em alguns casos, quase o triplo dos valores contratados para o transporte escolar por outros municípios. Isso escancara o tamanho da obscenidade com o dinheiro público”.
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