Entre 01 de março a 30 de abril, a Defesa Civil de Salvador realizou 2.744 vistorias de imóveis e de áreas de risco. As maiores demandas foram sobre ameaças de deslizamento: 788 vistoriais; ameaças de desabamento: 620 vistorias; orientações técnicas: 234; avaliações de imóveis alagados: 181 e deslizamentos de terra: 149.
Em abril, choveu, em Salvador, 64,58% da normal climatológica (média histórica) que é de 284,9 mm. No período, foram registrados, pela estação de referência de Ondina, acumulados pluviométricos de 184 mm.
A redução das chuvas neste mês ocorreu devido à atuação de uma massa de ar quente e seca, que acarretou no aumento da temperatura sobre a região de Salvador, onde se registrou a maior temperatura dos últimos oito anos, 34,1 °C, registrada no dia 20/04, segundo o Centro de Monitoramento de Alerta e Alarme da Defesa Civil de Salvador (Cemadec).
A maior temperatura máxima registrada para abril nos últimos 10 anos ocorreu em 30/04/2014, quando foram registrados 35,4 °C, a segunda maior temperatura ocorreu em 06/04/2015, 34,4 °C.
Acumulados de chuva
Os maiores acumulados pluviométricos registrados no mês pelas estações, monitoradas pelo Cemadec, foram: Calabetão (251,4 mm), Liberdade – Vila Sabiá (249,2 mm), São Marcos – Baixa de Santa Rita (248,4 mm), Pau da Lima (235,2 mm) e Calçada (234,6 mm).
Foi o quarto mês de abril menos chuvoso dos últimos 10 anos, ficando acima apenas de 2017 (152mm), 2014 (107,1mm) e 2016 (68,7mm) em comparação com a normal climatológica.
Estas informações constam do balanço parcial da Operação Chuva 2023, divulgado nesta terça-feira (02/05) pela Defesa Civil de Salvador.
Ações preventivas
A Defesa Civil de Salvador realiza, ao longo do ano, ações preventivas nas áreas de risco da capital baiana. Neste sentido, as vistorias são realizadas diariamente a partir de demandas dos moradores ou de solicitações feitas através dos órgãos parceiros da Operação Chuva.
“Enquanto Defesa Civil nosso principal objetivo é preservar vidas, com o acompanhamento sistemático das ocorrências que envolvam riscos. Caso seja percebida mudanças no cenário, como escorregamentos de terra, rachaduras e estalos em paredes, postes inclinados, entre outras, entrem em contato conosco imediatamente”, orienta o diretor-geral da Codesal, Sosthenes Macêdo.
Ele destacou ainda que a colaboração ágil dos órgãos do Sistema Municipal de Proteção e Defesa Civil (SPDC) permitiu apresentar respostas imediatas às principais demandas e garantir a segurança da população.
Lonamento
No período inicial da Operação Chuva, entre 1º de março a 30 de abril, a Defesa Civil de Salvador, em parceria com a Limpurb, aplicou preventivamente 42.374 m² de lona plástica em 292 áreas para impermeabilização preventiva de terrenos de encostas.
Em acréscimo o Setor de Atendimento à Comunidade em Áreas de Risco cadastrou 1.284 famílias para atendimento social na Secretaria Municipal de Promoção Social, Combate à Pobreza, Esportes e Lazer (Sempre).
Ainda de acordo com a Codesal, o órgão tem realizado atividades preventivas e educativas em áreas de risco, com a instalação de Núcleo Comunitário de Proteção e Defesa Civil (Nupdecs) e a realização de simulados de evacuação em comunidades de Salvador, além do Programa Defesa Civil nas Escolas (PDCE) e Nupdecs Mirins, voltados a criar uma cultura de defesa civil nas comunidades e entre os jovens.
Como serviço essencial da Prefeitura de Salvador, a Defesa Civil, que tem como prioridade preservar vidas, mantém equipes de plantão 24 horas e atende as demandas da população pelo telefone gratuito 199.