A Defesa Civil de Salvador (Codesal) recebeu, nesta quinta-feira (21/09), a visita de técnicos do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) na Bahia, liderados pelo superintendente Hermano Fabrício Oliveira Guanais e Queiroz.
O objetivo do grupo foi conhecer as atividades da Codesal e, em particular, as boas práticas preventivas que tornaram o órgão referência nacional, a exemplo das ações preventivas nas comunidades que vivem em áreas de risco, o Projeto Casarões e o Plano de Contingência do Centro Histórico.
Os servidores do Iphan foram recebidos pelo diretor-geral da Defesa Civil de Salvador, Sosthenes Macêdo, pelo coordenador de Ações de Contingência, Francisco Costa Júnior, pela coordenadora de Ações de Prevenção e de Redução de Risco, Gabriela Morais, e técnicos do órgão. Na oportunidade, o diretor da Codesal apresentou as principais conquistas da Defesa Civil de Salvador, desde a sua reestruturação em 2016.
Sosthenes Macêdo ressaltou “a importância de fortalecer vínculos entre a Codesal e o Iphan de modo a formatar uma agenda conjunta de vistorias, agilizando a tomada de decisões em situações críticas como ocorreu no recente caso da instabilidade identificada no pináculo de uma das torres da igreja de São Francisco”.
Queiroz, que é mestre em Preservação do Patrimônio Cultural, afirmou que “o Iphan e a Codesal lidam com assuntos correlatos, enxergando a cidade com patrimônio a ser preservado, sendo muitos os desafios: precisamos estar com nossas ações em sintonia com as do município”.
Na oportunidade foi apresentado o Plano de Contingência de Centro Histórico de Salvador, elaborado por equipe multidisciplinar coordenada pela Defesa Civil de Salvador (Codesal), que tem o objetivo de ampliar a segurança da região e envolver a comunidade na prevenção de incêndios e desabamentos, evitando situações como a ocorrida em novembro de 2017, quando um incêndio atingiu o casarão onde funcionava a Saladearte Cine XIV, no Pelourinho e os Bombeiros tiveram dificuldade de combater o fogo.
O diretor do Departamento de Patrimônio Material e Fiscalização do Iphan, Andrey Schlee, ao elogiar o documento, afirmou que “a peça pode servir de paradigma para outros sítios históricos do Brasil”.
Desde sua criação, a atuação do lphan na Bahia resultou na proteção legal de 174 bens de natureza material tombados individualmente e mais de nove mil imóveis tombados em conjunto. O centro histórico da cidade do Salvador e a Costa do Descobrimento foram reconhecidos pela Unesco como Patrimônio Mundial.
Além do superintendente Hermano Queiroz, participaram do encontro pelo Iphan, o diretor do Departamento de Patrimônio Material e Fiscalização, Andrey Schlee, Renata Caridono Fortes, da Coordenação Geral de Conservação, e Raquel Neimann, coordenadora substituta de assuntos voltados ao Centro Histórico de Salvador.