O Brasil ultrapassou neste sábado a marca de 100.000 mortes pela Covi-19 e de 3 milhões de casos confirmados de infecção com o novo coronavírus, de acordo com dados do Ministério da Saúde.
Segundo país do mundo mais afetado pela pandemia, atrás dos Estados Unidos, o Brasil registrou 905 novas mortes, elevando o total de óbitos pela Covid-19 para 100.477. O país tem agora 3.012.412 casos confirmados, depois de 49.970 novos registros neste sábado.
Apesar de o Brasil ao longo de sua história ter enfrentado diversas epidemias, nenhuma delas matou tantos em tão pouco tempo. [nL1N2F82F1]
“Isso é inédito, algo que nunca teve. Deveríamos estar em desespero, isso é uma tragédia como uma guerra de verdade, um conflito armado. Mas o Brasil está em uma anestesia coletiva”, disse à Reuters o infectologista José Davi Urbaéz, porta-voz da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI).
A comparação com outras doenças que, como a Covid-19, são virais e não têm vacinas, mostra o tamanho do estrago que o novo coronavírus vem fazendo no Brasil. Para ficar com apenas um caso, a dengue, outro flagelo que atinge os brasileiros a cada verão, apesar dos milhões de casos registrados, o total de mortes foi de 6.984 pessoas em 23 anos.
Os presidentes do Congresso Nacional, Davi Alcolumbre (DEM-AP) e do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, decretaram neste sábado luto devido às mortes pela pandemia. O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que “não podemos ficar anestesiados e tratar com naturalidade esses números”.
São Paulo, Estado mais afetado pela Covid-19 no país, acumulou neste sábado 621.731 casos e 25.016 mortes.
Na sequência aparecem a Bahia, com 191.401 infecções e 3.899 óbitos, e o Ceará, que possui 188.244 casos confirmados e 7.951 mortes.
O Rio de Janeiro, no entanto, é o segundo Estado em número de mortes, com 14.070 óbitos e 178.524 casos.
Ainda segundo o ministério, o Brasil conta com 2.094.293 pacientes recuperados da doença, além de 817.642 pessoas em acompanhamento.
A taxa de letalidade da Covid-19 no país é de 3,3%.
Fonte:Reuters / Foto:REUTERS/Amanda Perobelli