Em 2021, abate foi o menor em 17 anos. Demanda internacional aquecida também ajuda a sustentar as cotações
A demanda internacional aquecida pela carne bovina e a baixa oferta de animais para abate no mercado brasileiro tem ajudado a sustentar os preços da arroba do boi gordo. A avaliação é do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Apesar da leve baixa acumulada neste mês, de 0,92% (até a quarta-feira, dia 16), o indicador medido pela instituição, com base no mercado de São Paulo, segue em níveis superiores a R$ 330 a arroba. Na quarta-feira (16/2), fechou a R$ 340,65.
“Desde o início deste ano, os valores da arroba do boi gordo vêm operando acima da casa dos R$ 330 no estado de São Paulo”, diz o Cepea, em comunicado, nesta quinbta-feira (17/2). “A manutenção dos elevados patamares de preços da arroba bovina se deve à demanda internacional aquecida e à baixa oferta de animais para abate”, acrescenta a nota.
Citando dados do relatório trimestral de abates, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Cepea destaca que o volume de abate de bovinos no ano passado foi o menor em 17 anos. De outro lado, destaca que a produtividade da pecuária brasileira vem aumentando nos últimos anos. No ano passado, a quantidade de carne produzida por cabeça de gado foi recorde, resultado atribuído a maior investimento em tecnologia.