O mercado rompeu nesta manhã importantes áreas de resistência e acionou ordens de stops(proteção) de compras.
Durante grande parte da temporada 2020/21, que terminou em 30 de setembro, o preço do cacau sofreu pressão do lado da oferta e da fraca demanda do mercado.
O cacau teve uma reviravolta brusca na semana passada, subindo mais de 170 pontos (+ 6,7%) devido à expectativa de menor produção na safra 2021/22. Na última semana, o contrato de dezembro teve ganho de 119 pontos (alta de 4,6%) e uma reversão técnica semanal.
Os ganhos nos mercados de ações da Europa e dos EUA ajudaram a dar suporte ao preço, pois ajuda a acalmar as preocupações com a demanda.
A COVID continua limitando viagens e aglomerações e com isso reduz o potencial de demanda. Mesmo assim, os esmagamentos globais tiveram seus três maiores totais registrados nos últimos três anos, com a temporada 2020/21 recém-concluída registrando um novo recorde histórico. Algumas regiões do mundo podem ter um retrocesso temporário na demanda, mais recentemente na Ásia, devido aos problemas econômicos que emanam da China.
A tendência de longo prazo permanece positiva e há uma grande probabilidade de que 2021/22 registre outro novo recorde de moagens.
A produção global na última temporada subiu para mais de 5 milhões de toneladas pela primeira vez na história, com recorde de alta produção na Costa do Marfim e Equador e uma alta em 10 anos em Gana. Note que as previsões de produção iniciais para 2021/22 da Costa do Marfim e da Nigéria indicam queda de 10% ou mais em relação à temporada passada, enquanto a produção de Gana pode cair mais de 8%.
Com isso, podemos ter um déficit de oferta global de mais de 100 mil tons na temporada 2021/22, sendo o maior desde 2015/16.
Na última sexta feira, o CFTC estimou que no período entre 21 a 28 de Setembro, os fundos venderam (reduziram à posição comprada) em 3.292 ctrs e ficaram com posição líquida comprada de 9.488 contratos.
Fonte: mercadodocacau / Foto:Reprodução/Canal Rural