Na manhã da última terça-feira (13), durante a II Audiência Pública do Comitê Intersetorial de Combate ao Trabalho Infantil (CICOMTI), presidido pela Secretaria Municipal de Promoção Social, Combate à Pobreza, Esportes e Lazer (Sempre), foram debatidas diversas estratégias acerca da importância da denúncia contra as atividades envolvendo crianças e adolescentes em situação de trabalho.
“O objetivo dessa II Audiência Pública do CICOMTI foi socializar informações sobre as atividades que os órgãos e entidades que compõem o Comitê realizam durante todo o ano, para que a gente consiga articular as políticas públicas no município e, também, sensibilizar a todos sobre a seriedade da denúncia para evitar essa violação de direito, que é o trabalho infantil. Compartilhar essas atividades com a sociedade civil é muito importante pois, a partir desse conhecimento, informamos que existe uma rede de apoio, formada por órgãos municipais, estaduais e federais, para suporte e proteção na ocorrência de situações de vulnerabilidades” destacou Daniel Ribeiro Secretário da Sempre.
Para a palestrante, Dolores Fernandez, vice-presidente da Sociedade Baiana de Pediatria, a denúncia é uma grande arma, e as pessoas denunciam pouco, o que é classificado como um problema grave.
Reforçando o papel do combate, Daniela Simões, gestora do Lar Fabiano de Cristo, que viu com emoção seus, antes acolhidos e hoje educadores, explanarem seus trabalhos, declarou que: “fico feliz em o Lar Fabiano fazer parte desse Comitê. Eu costumo dizer que não existe uma política pública, principalmente voltada para a criança e o adolescente se não tiver um apoio do governo e da sociedade civil, e é isso que nós estamos presenciando aqui. Lugar de criança não é no trabalho e essa bandeira a gente levanta junto com a Sempre, que exerce um papel importantíssimo. Fico feliz que nós fomos convidados para estarmos juntos com o poder público nessa empreitada do bem”.
Mariane Sena, que vivia em condição de vulnerabilidade teve sua vida modificada por ações de enfrentamento ao trabalho infantil. “Vim de Simões Filho muito pequena e fui criança em vulnerabilidade social muito grave. Minha família não tinha estrutura e com 11 anos eu conheci o Lar Fabiano, onde fui acolhida. Os valores de lá foram impregnados ao meu lar, com acolhimento, proteção e educação. Hoje eu sou educadora social do Lar Fabiano de Cristo e multiplico todos os meus valores com os jovens, futuro do Brasil”, comemorou.