A Comissão Especial sobre Prevenção e Auxílio a Desastres e Calamidades Naturais (Cedesnat), da Câmara Federal, reuniu nesta quarta-feira (10) coordenadores de Defesa Civil de estados atingidos por eventos climáticos. Eles explicaram os trabalhos desenvolvidos em suas cidades desde a prevenção de acidentes até o acolhimento das populações afetadas.
“É importante conhecer o trabalho das defesas civis, pois é integrando os mecanismos de inteligência, colocando financiamento, como o Fundo de Desastres Naturais, que teremos um planejamento robusto para enfrentar as situações extremas e proteger as populações”, declarou o deputado federal Leo Prates, presidente da Cedesnat.
De acordo com a Organização Meteorológica Mundial (OMM) as mudanças climáticas, cada vez mais extremas, causaram um aumento nos desastres naturais nos últimos 50 anos. Esses eventos afetam desproporcionalmente os países mais pobres, em especial as populações socialmente mais vulneráveis que ocupam áreas de risco.
Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), desde 2015 houve um aumento de 80% no número de pessoas afetadas em todo o mundo. Um estudo elaborado pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM), entre 2013 e 2022, revelou que os desastres naturais como tempestades, inundações, enxurradas e alagamentos atingiram 5.199 municípios brasileiros. Isso representa 93% do total de 5.570.
O estudo também aponta que estes eventos afetaram a vida de mais de 4,2 milhões de pessoas, que tiveram de abandonar as próprias casas.