Como escolher sua sela

Antes de comprar uma sela, lembre-se que é o cavalo que está sujeito ao desconforto que um mau ajuste possa causar. Veja quais fatores devem ser levados em conta ao fazer este investimento

Cigano era um bom cavalo, de bonita estampa – preto malacara, com as quatro pernas calçadas, marcha trotada, sempre chamava a atenção nos passeios e nas provas de rédeas. Quando seu Tobias decidiu vendê-lo, não foi difícil conseguir um preço razoável, e no dia seguinte mesmo o cavalo já estava embarcando para seu novo dono. Tal como sempre fazia, através do motorista, seu Tobias mandou uma cartinha que além dos documentos de registro e do exame de anemia infecciosa registrava as datas da última vacinação, da vermifugação, do ferrageamento. Em destaque, ele colocou esta observação :

“O Cigano tem a cernelha um tanto alta e estreita, e as selas mais largas podem feri-lo. Aconselho escolher uma sela de armação fechada, e usar mantas bem acolchoadas.”

Com tudo isso, seu Tobias ainda ficou com a pulga atrás da orelha quando recebeu um telefonema do René, o rapaz que havia comprado o Cigano:

– “Estou tendo um probleminha com o cavalo, será que o senhor não pode vir dar uma olhada?”

Precavido, o Tobias levou não só uma de suas selas como a veterinária de confiança junto consigo; e mesmo antigos no ramo, os dois ficaram boquiabertos com o que encontraram: três dias após o negócio, o cavalo tinha um machucado na cernelha com quase um palmo de extensão. René, ainda bastante calmo no telefone, agora se mostrava convencido de ter comprado gato por lebre. Seu Tobias pedia calma:

– “Vamos dar uma olhada na sela que você tem usado nele?”

Vendo a sela, Tobias e Dra. Suzana de novo ficaram de queixo caído: era uma sela western, belíssima, novíssima, e caríssima – teria custado tranquilamente a metade do que René havia pago pelo cavalo.

– “Você a comprou depois do cavalo?”

– “Foi presente da minha namorada!” – orgulhou-se René.

Naquele momento, seu Tobias já teve quase certeza de que estaria levando o cavalo de volta para casa. Deixemos Dra. Suzana contar o resto da história:

– A sela era mesmo da melhor qualidade, só que não houve modo de fazer o rapaz entender que era feita para cavalos quarto de milha, de dorso largo e cernelha baixa, e não o inverso. Coloquei a sela no Cigano sem manta, para darmos uma olhada: o cepilho estava em contato direto com o osso da cernelha, mesmo sem ninguém montado! Com isso, os painéis da sela – onde o peso do cavaleiro deveria se distribuir- mal encostavam no dorso do cavalo. Falei para ele: se você tem um pé tamanho 39, ninguém vai esperar que um sapato 43 sirva bem em você, não é mesmo? Mas não teve jeito, nem mesmo quando colocamos a outra sela, que havíamos trazido, no cavalo, mostrando a diferença. O rapaz botou na cabeça que era o cavalo que tinha que servir na sela, e não o contrário.

E enquanto a doutora fazia o curativo em Cigano – ele temporariamente de volta ao antigo lar, enquanto não aparecia um comprador menos leigo – seu Tobias arrematava :

– “Ou vai ver que a namorada é muito ciumenta mesmo – mais fácil devolver o cavalo do que a sela”.

A moral da historinha – que é inteiramente verídica, acredite se quiser – é que não basta um cavalo ser excelente e uma sela ser da melhor qualidade para que eles tenham sido feitos um para o outro. Além da conformação e tamanho das respectivas regiões anatômicas de cavalo e cavaleiro, o tipo de uso – trabalho, esporte ou lazer? – precisa ser considerado, bem como as exigências da modalidade, no caso da participação em competições. E claro, as boas selas geralmente não são baratas. Com tudo isso, por onde começar?

ESCOLHA SEU MODELO

No Brasil, conseguir se decidir pelo modelo de sela mais adequado para seu cavalo e para você ainda se pauta muito mais por aquilo que existe disponível no comércio do que por aquilo que você deseja, tal como alguma sela que você tenha visto num catálogo estrangeiro. (Mesmo que a compra à distância, seja através de algum amigo ou pelo cartão de crédito, seja uma possibilidade, ela pode causar complicações se a sela não servir no cavalo – vide nossa historinha acima).

Internacionalmente, é preconizado que a sela deva ser escolhida em função das medidas do cavalo, e não é incomum que os cavalos sejam transportados até a loja para a possibilidade de se experimentar alguns modelos antes da compra. Em nosso país, muitas selarias concordam em receber a sela adquirida para troca dentro do prazo de um ou dois dias, desde que ela não tenha sinal algum de uso. 0 procedimento indicado seria colocar um pano limpo e fino sobre o dorso do cavalo, e a sela sobre o mesmo, sem colocar a barrigueira, estudando se ela se adapta corretamente ao dorso, conforme as indicações que daremos abaixo.


A Sela Inglesa

A. O modelo

sela, inglesa,
exemplo de selas

Existem quatro modelos básicos de sela inglesa:
a) de salto
b) de adestramento
c) de uso misto 
d) de Pólo

Obviamente, a realidade é um pouco mais complexa do que esta divisão, conforme poderá ser atestado folheando-se qualquer catálogo de uma selaria renomada, tais como a Ruiz Dias (Argentina) ou a Stübben (Alemanha). A sela de salto poderá ser do modelo tradicional, de pala alta e arredondada e suportes laterais para as pernas, ou o modelo “close contact” mais moderno, onde tanto o assento como as laterais são mais planos. A sela de uso misto conhecida no Brasil é a que tende mais para o salto, porém também existe o modelo inverso, enfatizando o uso no adestramento.

B. Os tamanhos

Em relação ao tamanho do cavaleiro, as selas inglesas são medidas em polegadas, do centro do cepilho (parte dianteira) a uma das laterais da patilha; os tamanhos mais comuns são 16, 17 e 18 polegadas, sendo que no Brasil a medida mais comercializada é de 17 ou 17,5 polegadas.

Em relação ao cavalo, a medida mais importante da sela inglesa é a largura na área da cernelha, onde encontramos três larguras básicas: estreita, média e larga. A sela estreita serve para cavalos do tipo puro-sangue inglês (cernelha alta), a larga para cavalos do tipo Quarto de Milha, e a média para os tipos intermediários -por exemplo, um anglo-árabe ou raças de hipismo. Entretanto, estas medidas não são muito conhecidas no Brasil; a maioria das selas nacionais vem do fabricante com uma armação de largura média, enquanto as selas argentinas, talvez em função do tipo de equino mais comum naquele país, tendem à largura menor. Se for necessário conseguir uma medida específica para algum cavalo, cavaleiro ou mesmo o conjunto, pode ser necessário recorrer à encomenda direta junto ao fabricante, no Brasil ou no exterior. Quanto à fabricação sob medida, é preciso verificar se ela realmente se adequará internamente às medidas solicitadas (ou seja, em termos da armação utilizada), ou se ela apenas se aplicará às partes externas, tal como comprimento das abas ou largura das borrainas.


A Sela Western

A. O modelo

sela, western,
exemplo de selas

A variedade de modelos da sela western é ainda maior que da “família” inglesa; seus dois sub-grupos básicos poderiam ser considerados como:

a) eventos de velocidade (baliza e tambor)
b) eventos de trabalho (rédeas, apartação, laço, bulldog)

A sela western tem um peso próprio relativamente elevado, tanto que carregá-la e selar um cavalo com ela pode se tornar um problema para pessoas de estatura menor. No entanto, embora possa parecer o inverso, este peso não a torna necessariamente mais desconfortável para o cavalo do que a sela inglesa. Na verdade, a sela western, quando corretamente adaptada ao dorso do cavalo, é considerada muito mais “gentil” para com o animal, especialmente quando o animal é montado durante períodos prolongados. Isto ocorre porque a estrutura da sela western permite uma distribuição do peso do cavaleiro por uma área muito maior do dorso do cavalo, equivalendo a menor pressão por unidade de superfície. Por isso esta é uma sela característica de trabalho, e também preferida por muitos cavaleiros de enduro.

Quanto à largura na área da cernelha, selas western norte-americanas são fabricadas em quatro tamanhos: árabe (a mais larga), quarto de milha, semi-quarto de milha, e standard, esta a mais estreita. Na sela western, é muito importante verificar se o comprimento dela (extensão da extremidade anterior à posterior) é adequado ao cavalo. Enquanto uma sela curta demais concentrará o peso do cavaleiro numa área demasiado pequena, uma muito longa irá comprimir cernelha e lombo do cavalo; isto pode ser visto com certa freqüência em cavalos pequenos selados com “gigantescas” selas norte-americanas.

B. Os tamanhos

Com referência ao tamanho do assento, uma regra genérica é a de que, com o cavaleiro sentado, deve haver espaço para a largura de uma mão à frente dele na sela, e a mesma largura de um palmo livre na parte posterior. Outro fator importante porém nem sempre levado em conta é o comprimento da coxa do cavaleiro: é uma coxa longa, mais do que o tamanho do quadril, que determina a necessidade de um assento maior.

A combinação de todos estes fatores determina que é mais difícil escolher uma sela adequada para um conjunto composto por um cavaleiro de pernas longas num cavalo de dorso curto: enquanto o cavalo exige uma sela curta, as pernas do cavaleiro pedem um assento grande.

Outro problema enfrentado por alguns fabricantes de selas western é o posicionamento de loro e estribo em relação ao centro de gravidade da sela, ou seja, sua parte mais funda. Na maioria das modalidades, a perna deve ficar exatamente abaixo do quadril (tal como se o cavaleiro estivesse parado em pé no chão com as pernas ligeiramente abertas). Se, com o comprimento dos estribos corretamente ajustado, a perna for levada para a frente, o loro está inserido muito à frente na sela, levando o cavalo a pesar demasiado na área lombar do cavalo. Inversamente, o loro muito atrasado faz o cavaleiro levar os pés para trás e se agarrar com coxas e joelhos, o que cria uma posição de equilíbrio instável.

E o enduro, como fica?

Qualquer observador poderá constatar que o modelo de sela utilizado no enduro é muito mais uma questão de preferência pessoal do que de tendência e muito menos de norma no esporte. Há tanto os partidários da sela inglesa como da western, com todos os híbridos e recombinações possíveis de um extremo a outro – selas inglesas com estribos western, selas western sem o pito, selas australianas do tipo brasileiro, selas australianas autênticas, selas especiais para enduro, e tantos outros modelos mais. Quanto maior a duração da prova, mais importante passa a ser o conforto do cavalo, especialmente quando ele estiver suando e já abaixo do seu peso normal, devido à desidratação. Por outro lado, também o cavaleiro precisa permanecer o mais confortável possível, pois seus incômodos irão se manifestar numa posição lateralizada ou contraída, que por sua vez prejudicará o equilíbrio e o bem-estar do cavalo.

O que é uma sela australiana?

A pergunta tem mais cabimento do que possa parecer à primeira vista, pois no Brasil existem de fato dois tipos de sela australiana. A sela australiana “original” parece uma sela inglesa de adestramento, enfeitada por entalhes com presença de apoios externos para as coxas do cavaleiro. Em algum momento do começo deste século, uma sela destas foi adaptada por seleiros brasileiros, resultando num modelo que mais se assemelha a uma sela western, com a diferença de ter uma estrutura menor e mais leve, com pito e apoio de joelho substituído por um santo – antônio em arco. Esta sela tem verdadeira vocação para passeio e lazer, e, também por seu preço de aquisição geralmente menor, costumamos indicá-la para as pessoas que se iniciam no mundo do cavalo e ainda não têm muita noção da modalidade que pretendem seguir. A “verdadeira” sela australiana não é muito comum no Brasil, porém tem popularidade internacional entre os praticantes de enduro.

sela, regional,
exemplo de selas

Modelos regionais

Tão ricas quanto em manifestações de cultura e folclore, as regiões brasileiras também o são na variedade de arreamentos e equipamentos para cavalos de sela e de trabalho, de acordo com as particularidades de clima, vegetação e de utilização dos animais em cada canto do Brasil. A sela do vaqueiro nordestino, diferente das selas de trabalho do resto do país e mesmo do mundo, é pequena e elegante, mais parecendo uma sela inglesa, e adequada para o trabalho na caatinga, e também para a vaquejada, de popularidade crescente. O basto gaúcho remonta a um modelo milenar da Mesopotâmia: sem armação, porém composto de duas metades ligadas por laços de couro, adapta-se a diversos tipos de dorso de cavalo, e o conforto do cavaleiro fica por conta de pelegos e badanas empilhados sobre a armação a critério do freguês. O cutiano é uma espécie de evolução do basto, de extremidades elevadas e estrutura rígida, fazendo da sela um trono em que o cavaleiro senta muito acima do dorso do animal. As selas paulista e mineira lembram aquelas da península ibérica, com altos apoios para as coxas, dando conforto e segurança aliados a uma certa imobilidade. Estes e outros tantos modelos tradicionais continuam coexistindo ao lado de suas variantes modernas, embora costumemos englobar estas selas de trabalho no grupo das selas western, pelas características de seu uso, na verdade elas possuem uma identidade própria.

Teste sua sela

As seguintes perguntas vão ajudá-lo a determinar quão bem determinada sela serve no cavalo em que você está pensando em usá-la.

Coloque a sela sobre o dorso do cavalo, de preferência sem qualquer manta ou forro, ou com apenas um pano muito fino, no caso de uma sela nova que você está pensando em comprar (para não sujá-la). Comece com a sela bem à frente da cernelha, e depois a deslize para trás até que ela pareça, por conta própria, “travar” no lugar. Este ponto corresponde à área logo atrás da cernelha, caracterizada por uma ligeira depressão em alguns cavalos. Uma sela bem ajustada permanecerá neste lugar mesmo sem barrigueira; a sela que não serve bem tende a deslizar para trás deste ponto, ou a escorregar de um lado para outro.

(obs.: Se os testes forem feitos com uma sela nova, sem barrigueira, pode ser melhor utilizar uma cadeira para subir suavemente à sela).

1 – Há sempre um espaço aberto entre a parte inferior do cepilho e a cernelha, mesmo quando o cavaleiro fica em pé nos estribos?

2 – Os painéis inferiores aderem uniformemente a ambos os lados da coluna, distribuindo o peso sobre a musculatura sem pontos isolados de pressão?

3 – A sela está sempre horizontalmente equilibrada sobre o cavalo (sem cair para frente ou para trás), mesmo quando o cavaleiro está em pé nos estribos?

4 – A sela fica firme no lugar quando o cavalo se movimenta, sem movimento lateral ou antero-posterior?

5 – As paletas conseguem se movimentar livremente, sem interferência?

6 – É possível deslizar uma mão sob as extremidades da armação sem haver pressão excessiva, mesmo com um cavaleiro à sela, e também enquanto o animal caminha para a frente?

7 – Ambos os lados da sela se adaptam igualmente bem ao cavalo?

8 – Quando vista por trás, a linha central da sela parece alinhada com o linha da coluna dorsal?

Para o teste final, utilize a sela – sem manta no caso de uma sela usada. (No Brasil, nem todos os comerciantes concordarão em deixá-lo fazer este teste numa sela nova e ainda não vendida; entretanto, ele é rotineiro em outros países).

Tente então responder às perguntas:

1 – Você e seu cavalo se sentem logo confortáveis com a sela, ou ficam intranquilos?

2 – Você sente alguma dor na região do assento ou virilha? Isto pode indicar uma sela pequena demais.

3 – Você consegue sentar bem centralizado na sela, sem ser deslocado frontal, posterior ou lateralmente?

4 – Você pode se movimentar livremente ou está sendo forçado a permanecer numa determinada posição? Uma posição, ainda que relativamente rígida, pode ser confortável desde que ela corresponda a um equilíbrio natural entre cavalo e cavaleiro.

5 – A sua perna permanece numa posição confortável, verticalmente abaixo do corpo?

6 – Você consegue manter o alinhamento do seu quadril, sem tombar para frente ou para trás? (Pense na posição correta como a de “quadril encaixado”, tal como é demonstrada nas academias de ginástica ou nas artes marciais).

Mais importante ainda do que o seu conforto pessoal é perceber como o seu cavalo reage às suas atitudes :

1 – ele está se movimentando melhor ou pior do que normalmente?

2 – ele parece estar “pisando em ovos” por conta de restrições à mobilidade de sua coluna vertebral?

3 – ele está sacudindo a cabeça porque as extremidades da armação estão apertando suas escápulas, ou baixando a cabeça e expirando profundamente, em sinal de satisfação?

Após o uso, examine as marcas de suor na manta, na sela e no cavalo, para determinar a uniformidade da pressão exercida sobre o dorso do animal. Uma longa área seca ou limpa ao longo da espinha e áreas úmidas ou sujas uniformes em ambas as laterais denotam distribuição equilibrada da pressão, enquanto partes mais secas costumam revelar uma pressão excessiva naquele local. Áreas úmidas no centro da manta indicam que pressão direta está sendo exercida sobre aquele pedaço da coluna.

Uma sela adequada deve conseguir um percentual de aprovação entre 80 e 90%, dos pontos delineados acima. Demora apenas alguns minutos para determinar se uma sela serve bem – um longo período de tentativas de ajuste geralmente indica que a sela em questão não é a ideal. Finalmente, também o preço da sela deve ser considerado – aqui, como na maioria das áreas, é verdade que o barato pode sair caro, em termos de problemas de saúde de cavalo e cavaleiro, e eventual perda de tempo de montaria- decorrente destes problemas. Na aquisição de uma sela, o melhor custo-benefício pode ser bem diverso de simplesmente procurar o preço mais baixo. Uma alternativa válida, desde que se saiba utilizar os critérios de avaliação acima delineados, é procurar uma sela usada. Muitas vezes será fazer uma boa compra de material de qualidade, adquirindo uma sela que ainda tem muitos anos de uso pela frente por uma fração do valor original.

Diferenças entre selas western
A sela usada para os eventos de velocidade é a mesma. Normalmente ela é menor e mais leve, o que auxilia na hora da competição. Assim o animal carrega menos peso, o que é fundamental para um bom desempenho. Possui a parte traseira mais alta com o pito baixo e inclinado para frente para evitar o impacto com a barriga.

Já para os eventos de trabalho seus modelos variam por modalidade. Para Rédeas existem vários modelos de selas. Normalmente elas são grandes e muito confortáveis, mas têm o pito baixo, o que permite uma boa posição da mão no comando das rédeas. Ela tem apenas uma barrigueira, o loro tem muita mobilidade pois a prova exige movimentos de pernas livres e com naturalidade do cavaleiro.
Para Apartação e Team Penning o que varia é o tamanho do assento, que é mais longo, e o pito, que é mais alto e fino para servir de apoio ao cavaleiro. Além disso, o sistema de fixação do loro

na armação da sela facilita o movimento das pernas da pessoa montada para frente.
No Laço em Dupla as diferenças também ficam por conta do pito, que é mais alto e largo pois é onde o cavaleiro fixa a corda, Além disso deve ser bastante reforçada. As barrigueiras são presas por argolas metálicas para dar maior segurança ao cavaleiro, que trabalha muito em pé. Justamente por ser uma sela forte é também de pouca mobilidade, não permite muitos movimentos de pernas, até porque, nessa prova são os braços que mais trabalham.
Na modalidade de Laço de Bezerro, a sela usada é muito parecida com a sela de Laço em Dupla, tem como principal diferença o pito que é inclinado para frente, pois o movimento na hora da laçada joga o corpo do cavaleiro para frente, e a parte de trás é um pouco mais baixa para permitir a saída rápida do cavaleiro de cima do cavalo quando o bezerro é laçado.
Já para o Bulldog, a sela é basicamente a mesma de Laço em Dupla com a parte de trás mais baixa possibilitando o cavaleiro de desmontar rapidamente sem enroscar no equipamento.

Fonte:Revista Horse/Texto: Claudia Leschonski, Mellina Franklim / Fotos: Álvaro Maya, Gerson Verga e Valdemir Cunha