Jake Sullivan diz que mundo ‘precisa estar preparado’ e que a Rússia pode encenar um pretexto para justificar invasão. Chanceler alemão Olaf Scholz pediu por uma desescalada e alertou que sanções serão aplicadas em caso de uma invasão russa.
O conselheiro de Segurança dos Estados Unidos, Jake Sullivan, disse neste domingo (13) que a Rússia acelerou sua atividade militar na fronteira com Ucrânia.
Ele disse ainda, em entrevista à televisão americana, que o mundo “precisa estar preparado” e que Moscou pode encenar um pretexto para invasão.
“Os EUA não darão à Rússia a oportunidade de um ‘ataque surpresa’ à Ucrânia”, disse Sullivan que garantiu seguir compartilhando informações da Inteligência com este país do leste europeu.
Sullivan, que participou do programa “State of the Union”, da rede americana CNN, não comentou sobre a possibilidade de uma invasão russa na quarta-feira (16), segundo especulações publicadas na imprensa americana.
Desescalada ou sanções
Também neste domingo, o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, pediu por uma desescalada da Rússia na crise ucraniana – e alertou que sanções serão aplicadas em caso de invasão.
Ele falou com a imprensa do país na véspera de uma viagem a Kiev e Moscou para conversas e reuniões diplomáticas.
Biden vai conversar com Zelenskiy
Os presidentes da Ucrânia e dos EUA, Volodymyr Zelenskiy e Joe Biden, vão conversar neste domingo, disse o porta-voz do líder ucraniano.
Em nota, Sergii Nykyforov afirmou que os dois líderes “discutirão a situação de segurança e os esforços diplomáticos em andamento para uma desescalada de tensão”.
O secretário de Estado dos Estados Unidos, Anthony Blinken, disse no sábado (12) que o caminho diplomático continua aberto no caso da crise ucraniana, mas defendeu a continuidade da saída de diplomatas americanos da Ucrânia.
“Nós determinamos a saída da maioria dos americanos que ainda estão na embaixada dos EUA em Kiev”, disse Blinken após encontro com representantes do Japão e da Coreia do Sul em Honolulu.
“O risco de uma ação militar da Rússia ainda é alto o bastante e a ameaça, iminente o bastante que é o mais prudente a se fazer”, reforçou o chefe da diplomacia americana.
Neste domingo (13), americanos começaram a deixar a província ucraniana de Donetsk, controlada por rebeldes pró-Rússia.
Telefonema entre Biden e Putin
No sábado, os presidentes dos EUA e da Rússia, Joe Biden e Vladimir Putin, conversaram por cerca de uma hora por telefone, mas nenhum dos dois lados anunciou um avanço significativo nas negociações para colocar fim à crise ucraniana.
A crise ocorre porque a Rússia tem aumentado a presença de militares no entorno da Ucrânia. Os Estados Unidos veem esse aumento como um risco de invasão – algo que Moscou nega.
Solução diplomática ainda é possível
Blinken afirmou, em entrevista coletiva, que ainda há um “caminho aberto” para a diplomacia na crise da Ucrânia.
“Um caminho diplomático para resolver esta crise, uma crise criada pela concentração de forças russas ao redor da Ucrânia, esse caminho diplomático permanece aberto”, disse o secretário de Estado.