A Prefeitura, por meio da Secretaria de Sustentabilidade e Resiliência (Secis), firmou nesta sexta-feira (18) um convênio de R$2 milhões com o Senai/Cimatec. O objetivo é fomentar, através de chamadas temáticas, o desenvolvimento de novos produtos, processos e serviços inovadores voltados à economia de baixo carbono, além de incentivar empreendedores à retomada da economia na capital. A assinatura do acordo foi feita pelo prefeito Bruno Reis, pelo presidente da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), Ricardo Alban, e pela titular da Secis, Edna França, em solenidade na sede do Cimatec, em Piatã.
O convênio faz parte de um conjunto de compromissos firmados entre Prefeitura e Senai, no sentido unir esforços para promover cooperação de naturezas tecnológica e científica, visando intercâmbio de informações, treinamentos de pessoal, realização de cursos e conferências para a realização conjunta de programas de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) para a sustentabilidade. Também compõe ações do Plano de Ação Climática, lançado em dezembro de 2020, que traça uma trajetória para a cidade virar zero carbono até 2049 por meio de iniciativas de desenvolvimento sustentável, infraestrutura verde-azul e energias renováveis.
A Prefeitura disponibilizará R$1 milhão para a aceleração de soluções e o desenvolvimento das startups, enquanto Senai-Cimatec fará um aporte de mais R$ 1 milhão. “O Cimatec vai contribuir de forma decisiva para esse ecossistema que iremos desenvolver aqui em Salvador, dentro dessa estratégia da Prefeitura de avançar na área de tecnologia e inovação. Vamos ter apoio técnico e conhecimento de tudo que está sendo produzido”, ressaltou Bruno Reis, que aproveitou a manhã para conhecer as instalações do centro universitário.
O prefeito lembrou que o convênio a instituição educacional integra o pacote de 11 medidas para retomada das atividades econômicas, lançadas pela administração municipal em março passado, e que totalizam quase R$90 milhões em investimentos. Ele assegurou, ainda, que a gestão não medirá esforços e recursos para identificar estratégias que transformem a capital baiana num referencial de cidade moderna.
“Temos que identificar novos vetores de crescimento econômico na cidade, pois, não é apenas o setor de serviço a nossa principal força. Salvador é reconhecida pelo seu patrimônio histórico e, agora, tem que ser também uma cidade inovadora e inteligente”, frisou.
Para a secretária da Secis, Edna França, promover o diálogo entre setor público, iniciativa privada e sociedade é uma das prioridades para a retomada econômica sustentável. “Esses editais são ferramentas fundamentais nessa tarefa porque nos ajudam a incentivar, dar suporte e alavancar negócios que promovam a transição da cidade para uma economia de baixo carbono, especialmente nesse momento de pandemia, que precisamos retomar a economia local de forma sustentável e combater as mudanças do clima”, explicou.
O presidente da Fieb, Ricardo Alban, por sua vez, acredita que a nova parceria com a Prefeitura é o pontapé inicial para iniciativas mais ambiciosas. “Iremos contribuir através desse centro de desenvolvimento tecnológico e fazer com que Salvador atraia toda inteligência humana que ajude a construir esse projeto de torná-la uma cidade mais virtuosa”, comemorou.
A solenidade da assinatura de convênio para lançamento de editais na área de sustentabilidade também contou com as presenças dos titulares das secretarias de Desenvolvimento Econômico, Emprego e Renda (Semdec), Mila Paes, e de Inovação e Tecnologia (Semit), Samuel Araújo, além do consultor do Município, Waldeck Ornelas, do diretor de tecnologia e inovação do Senai/Cimatec, Leone Andrade, e do gestor do programa Salvador Digital, Fábio Rosa.
Matriz digital – Ainda na ocasião, foi apresentado o projeto municipal pioneiro de implantação de uma matriz econômica digital. Essa iniciativa, denominada de Salvador Digital, envolve criação de um polo interligado composto por Escola Digital, Universidade Senai/Cimatec, Centro Tecnológico e hub voltado para a área, tudo no bairro do Comércio.
“Trata-se de um projeto que une educação, tecnologia, cultura e criatividade, engenharia e ciências humanas. A ideia é criar um ambiente para que a mão de obra produzida permaneça aqui e gere novos negócios”, pontuou Fábio Rosa, responsável por tocar a iniciativa.
Cidade inovadora – Salvador é pioneira e inovadora na formatação de editais de aceleração para soluções com inovação tecnológica que contribuam com o enfrentamento de desafios socioambientais e de resiliência na cidade.
Em 2017, quando a Prefeitura assinou o primeiro convênio com o Senai/Cimatec, a capital baiana era apenas a 18ª colocada no ranking nacional de número de startups no Brasil, atrás de Manaus, Recife e Fortaleza. Nesta época, a cidade contabilizava apenas 110 startups, número que em 2019 saltou para 198, segundo os dados da Associação Brasileira de Startups (ABStartups).
Entre 2017 e 2018, três chamadas temáticas foram lançadas à época (Cidade Inteligente, Cidade Resiliente e Cidade Sustentável), que aceleraram 19 startups. Desde então, a capital baiana tornou-se a primeira cidade do Norte-Nordeste e a oitava do país com maior número de startups em atuação.
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