Embora seja o maior partido governista hoje, o PSL – sigla do presidente Jair Bolsonaro – não deve indicar o vice na eventual chapa de Bruno Reis (DEM) à prefeitura de Salvador. Ao Bahia Notícias, um integrante da cúpula do DEM disse “esqueça” a hipótese de o PSL indicar um membro para a composição de 2020.
Segundo apurou o Bahia Notícias, Bruno Reis recebeu uma recomendação de aliados para não ficar muito próximo da legenda de Bolsonaro a fim de evitar sofrer com o desgaste do presidente. Levantamento do Instituto Paraná Pesquisas divulgado nesta semana mostra que 36,8% do eleitorado soteropolitano teria resistência a um candidato apoiado por Bolsonaro (reveja aqui).
Para o deputado estadual Alan Sanches (DEM), o vice-prefeito tem que manter uma “distância regulamentar” do PSL. Segundo ele, é relevante ter o apoio do partido de Bolsonaro na eleição, mas é preciso mostrar as divergências em relação a alguns temas polêmicos defendidos pelo presidente.
Para o vereador de Salvador, Henrique Carballal (PV), se Bruno Reis colocar o PSL na chapa, a eventual composição do vice-prefeito estará “fadada ao fracasso”. Outro aliado de Bruno Reis, em conversa reservada, afirmou que é um risco colocar o PSL ou até mesmo o ex-deputado federal Irmão Lázaro (PL) na chapa.
A leitura deste correligionário é a seguinte. Se a sigla bolsonarista ou Lázaro estiver na composição, a pauta principal da campanha será a de costumes, como a discussão sobre “ideologia de gênero”. Para este aliado, Bruno Reis deve focar na campanha não na pauta de costumes, mas sim na “bem avaliada” administração de ACM Neto (DEM).
Dentro da cúpula do DEM, a avaliação é de que o PSL é considerado um partido relevante por causa do tempo de televisão. A sigla, porém, segundo este integrante, não tem base eleitoral forte em Salvador para indicar um vice na chapa. A agremiação partidária precisará ser vitaminada antes da eleição (saiba mais aqui).
Fonte: Bahia Noticias
