Da necessidade ao protagonismo: catadores de resíduos geram renda e desempenham papel fundamental para a reciclagem

Essa relevância é reforçada no Dia Mundial do Lixo Zero (30 de março), que busca ainda conscientizar a sociedade sobre o consumo consciente e a produção sustentável

Necessidade. Esta foi a razão para Maria Cristina dos Santos, de 54 anos, decidir se tornar catadora de resíduos recicláveis em Salvador. “Eu via pessoas que passavam no local onde eu morava catando os resíduos na rua e conseguindo comprar alimentos com o dinheiro que ganhavam com esse trabalho e me interessei. Isso foi há 20 anos”, conta.

O caso de Maria Cristina não é uma exceção. Na Cooperativa de Coleta Seletiva Processamento de Plástico e Proteção Ambiental (Camapet), apoiada pelo Programa Ser+ da Braskem e onde Maria vem exercendo sua função há duas décadas, as histórias são bem semelhantes. “Estava precisando trabalhar e foi uma oportunidade que encontrei. Me convidaram para conhecer o trabalho da cooperativa, gostei e estou aqui há 14 anos”, diz Sandra Maria dos Santos, de 49 anos.

Neste domingo, 30 de março, é celebrado o Dia Mundial do Lixo Zero. A data visa conscientizar a sociedade sobre o assunto e promover o consumo consciente e a produção sustentável. Atualmente, o Brasil gera cerca de 80 milhões de resíduos sólidos por ano e, no entanto, só recicla 4% deste total, segundo dados da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe).

Neste cenário, os catadores têm um papel de extrema relevância, tanto pela geração de renda proveniente da atividade quanto pela importância ambiental. A presidente da Camapet, Elenildes Duarte, conta que somente eles, uma cooperativa com 26 integrantes, recolhem entre 120 e 140 toneladas de resíduos sólidos todos os meses. Ela destaca, no entanto, que falta reconhecimento e apoio, na forma de políticas públicas para a categoria que tem um trabalho extremamente cansativo.

“Precisamos carregar o caminhão com os resíduos e transportar até a cooperativa. Lá a gente descarrega, faz a triagem, separa os materiais por tipo e leva para a prensa. Após prensado, os fardos são encaminhados ao setor de comercialização e avaliação do material para venda”, explica.

Para Eleniles, o catador possui uma profissão nobre. “Além de gerar renda para nossos cooperados, a gente também faz um trabalho de proteção ambiental, retirando das ruas toneladas de plástico e preservando a natureza. Ser catador é uma oportunidade de emprego, de cuidar do meio ambiente, de valorização do cidadão e de poder fazer algo melhor”, destaca.

Sandra faz coro às palavras de Elenildes e revela que é com a remuneração que obtém catando resíduos que consegue se manter e criar os três filhos. “É daqui que eu pago o aluguel de casa, que eu pago a pessoa para olhar meus filhos. É daqui que eu tiro a renda para sobreviver. Além disso, se não fosse este trabalho, imagine onde estaria todo esse resíduo que é resgatado das ruas”, questiona.

Maria Cristina dos Santos acrescenta que a necessidade a levou para a profissão de catadora, no entanto destaca que gosta do que faz e se orgulha de seu trabalho. “Criei meus dois filhos com o material aqui vendido. Estou muito feliz, porque estou conseguindo reformar minha casa, está ficando a coisa mais linda”, orgulha-se.

Fortalecendo a cadeia de reciclagem – O programa Ser+ da Braskem busca incentivar a profissionalização das cooperativas de resíduos sólidos por meio de cursos, consultoria técnica, obras de infraestrutura e doação de equipamentos. A iniciativa oferece também assessoria técnica para as cooperativas, com o objetivo de fortalecer a cadeia da reciclagem e promover a inclusão social. Além da Camapet, fazem parte do programa na Bahia a Cooperativa de Trabalho dos Agentes Ecológicos do Paraguary (Cooperguary) e a Cooperativa Catadores Agentes Ecológicos de Canabrava (CAEC), ambas de Salvador, além da Cooperativa de Materiais Recicláveis de Camaçari (Coopmarc).

Nos últimos seis anos, a empresa investiu cerca de R$ 750 mil nas cooperativas baianas participantes do Ser+, promovendo ações de valorização e inclusão social dos catadores por meio de capacitações e melhorias na infraestrutura física das unidades. No total, o programa beneficia 23 cooperativas e mais de 690 cooperados na Bahia, Alagoas, São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.

Sobre a Braskem

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