O deputado Osni Cardoso Lula (PT) sugeriu ao governador Rui Costa que seja autorizada a retomada dos esportes equestres, vaquejadas e congêneres, no Estado da Bahia, através de protocolo sanitário, em decorrência da importância desses esportes para a população, para a economia e para a cultura. Em indicação encaminhada à Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, o parlamentar esclarece quais seriam as medidas necessárias para o cumprimento deste protocolo, levando-se em consideração a pandemia da Covid-19.
Sobre o acesso, por exemplo, o líder da bancada do PT destaca que seriam liberados os treinamentos e as competições, na fase atual, nas cidades do interior e na capital, permitindo-se apenas a entrada de praticantes e funcionários nos treinamentos e eventos. O deputado ressalta que ficará terminantemente proibida a entrada do público em geral na fase atual em todas as cidades. Quanto à comunicação, Osni salienta que os organizadores dos esportes deverão implementar medidas de divulgação em pontos estratégicos nos eventos e espaços de treinamentos, contendo banners/panfletos educativos, com informações gerais sobre os sintomas da doença, bem como fornecendo instruções de como utilizar, higienizar e descartar corretamente as máscaras.
No documento, o vice-presidente da Comissão de Assuntos Territoriais e Emancipação da ALBA explica “ser necessário implementar um protocolo de distanciamento social, com controle já na entrada dos espaços das práticas esportivas equestres, devendo utilizar termômetro digital infravermelho para medir a temperatura de todos que forem entrar nos espaços, não sendo permitido o acesso de quem estiver com a temperatura acima de 37,5° Celsius”. O legislador aponta ainda a utilização de questionário epidemiológico para acompanhamento dos praticantes e funcionários dos espaços esportivos equestres, além do uso obrigatório de máscaras, inclusive com local para descarte, e também medidas de distanciamento social através de sinais, cartazes e com divulgação por meio do sistema de som dos espaços.
O autor da indicação enumera ainda outras ações que devem constar no protocolo. Dentre elas, entende como importantes implantar uma operação padrão de limpeza e desinfecção, com estações de lavagem e disponibilização de álcool em gel para as mãos em vários lugares dos espaços de treinamento e competições. Nos sanitários, o ex-prefeito de Serrinha diz ser fundamental controlar a entrada de pessoas, respeitar as regras de saúde, higienizar a cada uma hora e manter a porta principal dos sanitários aberta, para aumentar a circulação e renovação do ar (quando não tiver ocupado), bem como manter os equipamentos de proteção individuais e materiais, que são utilizados nos animais, sempre limpos e higienizados.
O parlamentar não se esqueceu de falar sobre os espaços de comercialização de alimentos, bebidas, artigos e expositores, que – segundo ele – só serão liberados para os funcionários e praticantes, sendo obrigatório colocar fitas demarcadoras com 1,5m de distância, entre os atendentes e os atendidos, e – mesmo assim – com a permissão de atender apenas a pessoas com máscaras, sendo uma por vez. Por fim, para que possa monitorar a saúde da equipe, Osni determina que seja obrigatório o imediato encaminhamento de casos suspeitos de Covid-19, entre funcionários e praticantes, para a unidade básica de saúde ou hospital mais próximo.
“Visando o retorno desses esportes equestres, e também levando em conta que outros estados já obtiveram esta autorização, é que tomamos esta iniciativa, seguindo todos os protocolos de saúde descritos, haja vista a importância desses esportes em muitas regiões da Bahia”, concluiu Osni Cardoso, lembrando que um projeto de lei, de sua autoria, instituindo o Dia Estadual da Vaquejada, já foi aprovado por unanimidade na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa da Bahia.