A empatia foi tema de interesse de diversas áreas, por bastante tempo, como a sociologia, antropologia, sociologia, estética e psicologia. Se tratando da Psicologia, o primeiro teórico a desenvolver sobre o construto foi Titchener, em 1909. Este estruturalismo norte-americano expõe que a empatia consiste em uma capacidade de acessar – de certa forma – a consciência do outro através de raciocínios análogos e, não a ideia popularmente conhecida de se colocar no lugar da outra pessoa (pensamento difundido no século XIX). Afinal, no lugar dela, provavelmente pensaríamos, sentiríamos e agiríamos diferente simplesmente pelo fato de sermos pessoas diversas.
Na empatia vivenciamos uma experiência indireta, de uma emoção vivida por outra pessoa. No campo da psicologia, com tantas demandas da saúde mental, falar sobre a empatia e desenvolver a empatia, é indispensável para a humanidade.
A psicóloga Bianca Reis explana que: ”Na psicologia, a empatia é considerada como uma espécie de inteligência emocional, e para adquirir essa inteligência, o indivíduo precisa reconhecer a si próprio e os seus limites, para a partir daí ter a capacidade de se desenvolver habilidades”, afirma a especialista.
A empatia está relacionada a um senso de existência das outras pessoas e, para isso é necessário certo afastamento com a finalidade de criarmos imagens mentais do outro. Com isso, estudos apontam que a empatia desenvolve três componentes: afetivo, cognitivo e reguladores das emoções.
O componente afetivo baseia-se em compartilhar, e na compreensão de estados emocionais de outros. O componente cognitivo refere-se à capacidade de deliberar sobre os estados mentais de outras pessoas. A regulação das emoções lida com o grau das respostas empáticas.
“Desenvolver a empatia é algo possível, pois apesar de existir um forte componente psicogenético e evolutivo podem sim, existir exercícios” acrescenta Dra Bianca Reis.
No mundo de hoje, com a correria do dia-a-dia, se deparar com alguém que desenvolva empatia, num determinado momento de nossas vidas, é terapêutico.
A empatia tem aplicações práticas, além da psicoterapia, nos conflitos nas relações humanas (familiares, sociais, institucionais), tendo papel central, por exemplo, no entendimento dos processos humanos assim como no método da comunicação não violenta.
Sobre Bianca Reis
Psicóloga 03/11.152 do CRE-TEA, Psicoterapeuta, Palestrante e Facilitadora de Grupos. Bianca é Mestra em Família, Especialista em Psicoterapia Junguiana e Pós graduada em Estimulação Precoce e pós graduanda em Psicologia do Desenvolvimento e da Aprendizagem. Atua há 9 anos na área clínica, tratando de pacientes com demandas voltadas aos relacionamentos familiares e românticos, sexualidade, gênero, infância, ansiedade, depressão e outras importantes questões psicológicas e humanas.