A epilepsia é um distúrbio neurológico caracterizado por crises recorrentes, que podem afetar qualquer pessoa, em qualquer idade. Estima-se que mais de 50 milhões de pessoas no mundo sofram com essa condição, e no Brasil, cerca de 2 milhões de pessoas convivem com a epilepsia. Embora a doença tenha tratamento, muitas pessoas ainda enfrentam dificuldades no diagnóstico e na compreensão da doença, tanto pela população geral quanto por parte de familiares e até profissionais de saúde.
No dia 26 de março, celebra-se o Dia Mundial de Conscientização da Epilepsia, data que tem como objetivo aumentar a compreensão sobre essa condição neurológica e reduzir o estigma que ainda envolve as pessoas que vivem com epilepsia, como explica o neurocirurgião e professor do curso de Medicina da Faculdade Pitágoras, Dr. Mario Braga. “As crises epilépticas podem ser imprevisíveis e, em muitos casos, bastante dramáticas. Quando uma pessoa presencia uma crise, pode ficar assustada ou sem saber como reagir. Esse medo pode ser amplificado pela falta de conhecimento sobre como lidar com a situação”, esclarece o especialista.
As crises podem variar significativamente de pessoa para pessoa, dependendo do tipo e da gravidade. Embora o primeiro sinal mais comum de epilepsia sejam as crises convulsivas, existem diferentes tipos delas, e é importante estar atento aos sintomas. Entre os principais sinais que podem apontar para crises de epilepsia estão:
Crises tônicas-clônicas:
Esse tipo de crise é o mais conhecido, caracterizado por perda de consciência e movimentos involuntários, como espasmos musculares, rigidez e tremores. A pessoa pode cair e, durante a crise, pode morder a língua ou ter dificuldade para respirar.
Crises de ausência:
Frequentemente observadas em crianças, essas crises são breves e podem ser confundidas com distração. A pessoa pode parecer “desligada” por alguns segundos, sem resposta aos estímulos ao seu redor. Não há movimentos visíveis, mas a pessoa perde temporariamente o contato com o ambiente.
Crises parciais ou focais:
Neste tipo de crise, a atividade elétrica anormal no cérebro afeta uma área específica. A pessoa pode apresentar sintomas como movimentos involuntários em um lado do corpo, sensações estranhas (como alucinações auditivas ou visuais), ou sensação de déjà-vu. A pessoa pode também ter episódios de confusão após a crise.
Alterações no comportamento ou consciência:
Em alguns casos, a pessoa pode não ter convulsões evidentes, mas pode apresentar alterações temporárias no comportamento ou na consciência, como perda de memória ou estados de confusão.
O médico neurologista aponta que durante as crises é preciso manter a calma e garantir que a pessoa esteja segura e acionar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). “Não tente segurar a pessoa ou impedir seus movimentos, pois isso pode causar lesões. Coloque um objeto macio sob a cabeça da pessoa para protegê-la de contusões e não colocar nada na boca. Embora muitas pessoas acreditem que é necessário colocar algo na boca para evitar mordidas na língua, isso pode ser perigoso. Caso a crise dure mais de 5 minutos ou a pessoa não recupere a consciência, procure ajuda médica imediatamente”, destaca o Dr. Mario.
Embora não haja cura para a epilepsia, o tratamento adequado pode ajudar a controlar as crises e geralmente inclui medicamentos antiepilépticos, que ajudam a reduzir a frequência e a gravidade das crises. Além disso, em alguns casos, opções como cirurgia, dieta balanceada ou estimulação elétrica podem ser recomendadas. O acompanhamento médico contínuo é essencial para ajustar o tratamento conforme necessário.
Sobre a FACULDADE PITÁGORAS
Fundada em 2000, a Faculdade Pitágoras, já transformou a vida de milhares de alunos, oferecendo educação de qualidade e formação compatível com o mercado de trabalho em seus cursos de graduação, pós-graduação, extensão e ensino técnico, presenciais ou a distância. Presente nos estados da Bahia e do Maranhão, presta inúmeros serviços à população com iniciativas e projetos de ação social, impactando positivamente as comunidades dos municípios onde as unidades estão implantação, por meio de atividades que permitem o desenvolvimento dos alunos no que tange as competências alinhadas às práticas de aprendizagem que impactam positivamente a formação desses profissionais. As instituições possuem parceria com clínicas, unidades básicas de saúde e hospitais que atendem a população, possibilitando uma preparação para a inserção dos alunos no mercado de trabalho. Para mais informações, acesse o site.
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