Doença celíaca: nutricionista indica alimentos que podem ser consumidos

Tarcisio Santana Gomes, mestre em Nutrição e coordenadora acadêmica da Faculdade Anhanguera, explica que a dieta para essa condição precisa ser rigorosa e vitalícia, sem a ingestão do glúten

Considerada uma condição autoimune crônica, a doença celíaca é desencadeada pela ingestão de glúten, uma proteína encontrada no trigo, centeio e cevada. O sistema imunológico dessa pessoa portadora da doença, reage ao glúten, causando danos ao revestimento do intestino delgado. Isso prejudica a absorção de nutrientes dos alimentos, levando a diversos problemas de saúde.
 

Segundo o mestre em Nutrição, Tarcisio Santana Gomes, coordenador acadêmico da Faculdade Anhanguera, a dieta para essa condição precisa ser rigorosa e vitalícia, sem a ingestão do glúten. “São muitos os alimentos que podem conter glúten, desde alimentos in natura como os processados e ultraprocessados, então é essencial ler cuidadosamente os ingredientes descritos nos rótulos dos produtos. É importante ainda que os utensílios de cozinha sejam exclusivos para o preparo de alimentos isentos de glúten para evitar a contaminação cruzada”, avalia.
 

Tarcisio explica, que a manutenção da dieta sem glúten permite que o revestimento do intestino delgado se recupere e os sintomas melhorem, além de prevenir complicações a longo prazo associadas à doença celíaca não tratada. O mestre em nutrição indica ainda, que o problema pode surgir tanto em crianças como adultos e inclui sintomas como diarreia, dor de cabeça, barriga inchada, irritabilidade, cansaço e perda de peso.

“Para se ter o diagnóstico, a pessoa deve consultar um gastroenterologista, ou clínico geral, que vai avaliar os sinais e sintomas, e solicitar exames para confirmar o diagnóstico, como endoscopia e exames de sangue”, orienta.
 

Por fim, o nutricionista indica alguns alimentos que podem ser consumidos na dieta para a doença celíaca. “Os principais alimentos sem glúten são as frutas, vegetais, carnes, arroz e leguminosas, pois não possuem a proteína em sua composição. Além disso, existem algumas farinhas que podem ser utilizadas para substituir a farinha de trigo ou de centeio (que contêm glúten), como farinha de arroz, farinha de amêndoa ou farinha de mandioca”, indica.
 

  • Frutas em geral, como banana, maçã, mamão, pera, laranja, melancia e goiaba;
  • Legumes e hortaliças, como alface, tomate, pepino, quiabo, maxixe e berinjela;
  • Leguminosas, como feijão, grão-de-bico, soja e lentilha;
  • Cereais sem glúten, como arroz, quinoa, milho, painço, teff, amaranto e trigo sarraceno;
  • Gorduras e sementes, como azeite, sementes de girassol, semente de abóbora e de linhaça;
  • Proteínas, como frango, peixe, ovo, tofu e carne bovina, suína e de aves;
  • Oleaginosas, como castanha-do-pará, castanha-de-caju, amêndoas e nozes;
  • Laticínios, como leite, queijo, iogurte e manteiga;
  • Tubérculos, como batata, inhame, batata-doce, mandioca e batata-baroa.

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