Muito vem se falando na mídia sobre um suposto “peso” de Bruno Reis. Indicado como nome preferido do prefeito ACM Neto para a sua sucessão, o atual vice-prefeito e secretário de Infraestrutura de Salvador tem seus predicativos constantemente desprezados nas editorias de política da capital. Em contrapartida, o também prefeiturável, Guilherme Bellintani, é diariamente festejado pela imprensa local. A quem interessa isso? Será o fogo amigo (alô Geraldo Junior. alô Léo Prates) ou missa encomendada pela oposição?
Bruno Reis é formado em Direito pela Universidade Católica do Salvador (Ucsal), pós-graduado em Gestão pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e Mestre em Desenvolvimento e Gestão Social pela Universidade Federal da Bahia (Ufba). Trabalhou na Câmara Municipal de Salvador como assessor entre 1997 e 1999. Em 2000 começou a trabalhar como assessor do então deputado federal ACM Neto, cargo que ocupou até o ano de 2010, quando se elegeu deputado estadual. Em 2016, foi eleito vice-prefeito de Salvador, na chapa que reelegeu ACM Neto prefeito para o mandato de 2017 a 2020, com 982.246 votos.
Na gestão municipal, Reis vem destacando à frente da Seinfra. O trabalho e a própria indicação do ex-assessor à estratégica pasta, vem tornando cada vez mais explicita a preferencia de Neto pelo seu nome: recentemente, o prefeito afirmou que o nome do “escolhido” será anunciado em dezembro. Caso não seja oficializado o nome de Bruno, o presidente do Democratas (DEM) teria pouco tempo para trabalhar um outro nome. Não à toa, o secretário tem sido o grande protagonista nas cerimonias de inauguração de obras da prefeitura. “Bruno é incansável , eu trabalho de segunda a sábado , ele é de domingo a domingo ! Conhece a cidade muito bem e está caminhando pelos quatro cantos, autorizando e liberando intervenções , assim como inaugurando diversos equipamentos pela cidade”, pontuou recentemente o prefeito.
Teoricamente, no lado oposto está o presidente do Esporte Clube Bahia, Guilherme Bellintani. Apontado como um dos grandes responsáveis pelo crescimento do tricolor baiano, Bellintani tem sido cortejado pelos partidos de oposição ao governo municipal. Muitos afirmam que o mandatário do Esquadrão teria, inclusive, o aval do governador Rui Costa…
A boa fase do “baêa” tem sido, estrategicamente, muito bem usada por aqueles que enxergam em Bellintani no nome ideal para o bate chapa. Até aí tudo bem. É do jogo político. O que causa estranheza é a forma pouco critica com que a imprensa analisa o nome do presidente do tricolor. O malabarismo político do ex-secretário de ACM Neto , que flerta com o PT, PSB e constantemente é visto em conversinhas animadas com o presidente da Câmara de Salvador, Geraldo Junior, é muito pouco questionado pelos jornais e websites de Salvador. Em tempo: é público e notório que o sucesso da gestão do Bahia, sobretudo, fora das quatro linhas não é de responsabilidade exclusiva de Bellintani. Hoje, o tricolor goza de uma democracia consolidada alicerçado por uma política de comunicação competente e engajada. Outra questão: será que a torcida do Bahia sozinha elegeria Bellintani? Nas redes sociais nos grupos do tricolor a rejeição pela candidatura do presidente e consequente abandono do time é de mais de 90%…
Então, voltamos perguntar: a quem interessa essa campanha negativa e velada em torno do vice-prefeito Bruno Reis? É aguardar cenas dos próximos capítulos.