Para dar continuidade aos trabalhos dentro do Programa de Prevenção à Monilíase do Cacaueiro, a Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab) encerrou, na tarde da última quinta-feira (07), mais um ciclo de capacitação. Sob a organização da coordenadora do Programa, Catarina Cotrim, cerca de 30 profissionais que atuam com assistência técnica e na Secretaria de Agricultura de Ipiaú participaram das palestras, e mais cinco profissionais das barreiras sanitárias de Jequié receberam informações. Desde o início de 2022, a Adab e a Secretaria Estadual da Agricultura (Seagri) estão trabalhando em conjunto para evitar a introdução do fungo que atinge o fruto do cacau e do cupuaçu e pode dizimar plantações inteiras.
De janeiro a dezembro de 2021 o estado produziu 140 mil toneladas de cacau, representando 71% da produção nacional, de acordo com dados da Seagri. “Isso representa um resgate da liderança da produção cacaueira no país. Além disso, temos mais de cem marcas de chocolate de origem no sul da Bahia, todas apresentadas no salão de chocolate na França, ou seja, há toda uma cadeia produtiva que precisa de defesa fitossanitária”, destacou o diretor geral da Adab, Lázaro Pinha.
Por meio de campanha publicitária, lançada no início deste ano, a Agência busca conscientizar produtores, cooperativas, profissionais das prefeituras municipais e população em geral, uma vez que o fungo é facilmente disseminado pela ação do homem e pelo vento. “Com ações proativas, treinamentos e capacitações, explicamos para as pessoas que essa doença incide diretamente nos frutos, ou seja, na base econômica do cacau. Além disso, é um fungo cosmopolita. Ele se adapta às variações de temperatura e altitude. Agora chegou o momento de treinar e capacitar todos os profissionais para conhecer e saber identificar o problema antes de sua propagação”, alerta o diretor de Defesa Vegetal, Celso Duarte Filho.
De acordo com a fiscal estadual agropecuário da Adab e Coordenadora do Programa de Prevenção à Monilíase do Cacaueiro, Catarina Cotrim, a cultura do cacau tem braços importantíssimos, nos contextos social, ambiental e econômico, estando presente em mais de 83 municípios do estado. “Por atacar diretamente os frutos, há um reflexo direto na produção. Daí a importância da prevenção. As medidas preventivas estão elencadas dentro das estratégias da Adab, juntamente com o Ministério da Agricultura”, explicou Catarina, que, reforça algumas medidas que precisam ser adotadas, como: não trazer fruto, sementes, hastes, material vegetal de cacau ou de cupuaçu de áreas afetadas para dentro do estado da Bahia; adquirir mudas ou clones resistentes a pragas e de viveiros credenciados pelo Ministério da Agricultura; ter o cuidado de, quando retornar de outras plantações de cacau, não trazer roupas ou calçados que possam ter esporos aderidos da Monilíase.
Fonte/Foto:Seagri/Divulgação