Empresa implicada no esquema de laranjas de Álvaro Antônio recebeu R$ 270 mil do PSL em 2020

Implicada no escândalo das candidaturas laranjas em Minas Gerais, uma empresa ligada a um ex-assessor do ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, está entre as que mais receberam dinheiro público do PSL em 2020.

De janeiro a abril, ela aparece sete vezes contratada para a realização de pesquisas e testes de opinião pública, ao preço de R$ 267,2 mil. Alvo de busca e apreensão no ano passado, a I9 Minas e Assessoria foi apontada pela Polícia Federal e pelo Ministério Público como parte do esquema de desvio de recursos de candidatas de fachada na eleição de 2018.

A empresa é de Reginaldo Donizete Soares, irmão de Robertinho Soares, que foi auxiliar parlamentar de Álvaro Antônio por três anos e seu coordenador de campanha no Vale do Aço, em Minas. Robertinho chegou a ser preso na investigação dos laranjas.

Reginaldo diz que prestou os serviços para os quais foi contratado, mas afirma não saber por que o pagamento foi feito pela executiva nacional do PSL.

O presidente Jair Bolsonaro se elegeu pelo partido, mas acabou se desfiliando no final de 2019.

De acordo com inquérito da PF sobre as suspeitas de desvios em 2018, a I9 recebeu, também a título de pesquisas de votos, R$ 38,1 mil de duas candidatas ligadas ao ministro do Turismo.

Na apuração, no entanto, a polícia não encontrou nenhum indício de que as entrevistas eleitorais tivessem sido de fato realizadas para as duas mulheres.

Na busca feita na empresa, a PF achou documentos de pesquisas para dois candidatos, Álvaro Antônio e Professor Irineu, ambos do PSL. “Nenhum dos dois declararam na prestação de contas ter contratado a empresa”, escreveu a PF no relatório de análise do material apreendido nos endereços de alvos.

A conclusão da investigação foi que os candidatos homens foram beneficiados pelas candidaturas de mulheres, tendo recebido recursos do fundo partidário repassados pela cota de gênero. Em outubro do ano passado a Polícia Federal indiciou o ministro do Turismo.

Reginaldo diz que prestou os serviços para os quais foi contratado, mas afirma não saber por que o pagamento foi feito pela executiva nacional do PSL.

O presidente Jair Bolsonaro se elegeu pelo partido, mas acabou se desfiliando no final de 2019.

De acordo com inquérito da PF sobre as suspeitas de desvios em 2018, a I9 recebeu, também a título de pesquisas de votos, R$ 38,1 mil de duas candidatas ligadas ao ministro do Turismo.

Na apuração, no entanto, a polícia não encontrou nenhum indício de que as entrevistas eleitorais tivessem sido de fato realizadas para as duas mulheres.

Na busca feita na empresa, a PF achou documentos de pesquisas para dois candidatos, Álvaro Antônio e Professor Irineu, ambos do PSL. “Nenhum dos dois declararam na prestação de contas ter contratado a empresa”, escreveu a PF no relatório de análise do material apreendido nos endereços de alvos.

A conclusão da investigação foi que os candidatos homens foram beneficiados pelas candidaturas de mulheres, tendo recebido recursos do fundo partidário repassados pela cota de gênero. Em outubro do ano passado a Polícia Federal indiciou o ministro do Turismo.

Folhapress