Carole Ghosn, mulher do ex-presidente da aliança Renault-Nissan, Carlos Ghosn, se tornou alvo de um pedido de prisão, segundo a imprensa japonesa. Promotores de Tóquio emitiram o mandado contra ela por perjúrio (falso testemunho).
O casal está há uma semana no Líbano, depois que Carlos Ghosn fugiu do Japão, onde cumpria prisão domiciliar. Ele foi foi preso pela primeira vez em novembro de 2018, acusado de sonegação fiscal.
O porta-voz de Ghosn classificou o pedido de prisão como “patético”, segundo informou a agência Reuters. Em entrevista concedida em junho deste ano, Carole Ghosn afirmou que não via o marido havia meses e negou que fosse cúmplice, afirmando que era mera dona de casa.
Na quinta-feira (2), o Líbano anunciou que recebeu um pedido de prisão da Interpol contra Ghosn.
Acusações de crime financeiro
Alvo de quatro acusações de crimes financeiros e em prisão domiciliar sob fiança desde abril de 2019, Ghosn vivia com certa liberdade de movimento no Japão, mas sob condições restritas.
O empresário teria conseguido escapar do país rumo ao Líbano em um jatinho privado com a ajuda de uma empresa privada de segurança, segundo a Reuters, no último dia 30. O próprio Ghosn divulgou um comunicado, afirmando que estava no Líbano, e que não fugiu da Justiça. “Escapei da injustiça”, declarou. Nascido no Brasil, Carlos Ghosn também tem cidadania libanesa e francesa.
Há um ano, em janeiro de 2019, ele se pronunciou pela 1ª vez sobre o caso. Ele compareceu diante de um juiz na Corte de Justiça de Tóquio para se defender. Na ocasião, ele disse que havia sido detido injustamente, com base em acusações equivocadas e infundadas.
Fonte: Auto Esporte
Foto: Foto: Issei Kato/Reuters