Estratégia da campanha proporcional do PT nacionaliza o debate e contesta o discurso de ACM Neto

A estratégia das campanhas proporcionais dos partidos que apoiam Lula, Jerônimo Rodrigues e Otto Alencar (PT, PSD, PSB, PCdoB, PV, MDB e Avante) nacionaliza o debate das eleições, polarizada entre Lula e Jair Bolsonaro, e contesta o discurso de ACM Neto.  Com o conceito do “Tanto Faz”, a campanha proporcional questiona o ex-prefeito, como ele vem reafirmando em seus discursos, se tanto faz Lula, que foi o melhor presidente do país e tenta com sua reeleição reconstruir o Brasil, vencer as eleições ou Bolsonaro, a quem ACM Neto apoiou, e foi responsável pela volta da fome, do desemprego, da inflação, da carestia e da crise que assola o Brasil.

Coordenadora da campanha proporcional, a vice-presidente do PT Bahia, Luciana Mandelli destacou que a linha adotada por Neto é para evitar perder eventuais votos de um lado ou de outro. “Ou seja, para ele tanto faz um ou outro. No entanto, para mais de 60% do eleitor que já escolheu Lula porque não aguenta mais a situação em que o país se encontra e tudo o que representa o Governo Bolsonaro, esse “tanto faz” faz pouco caso de quem passa dificuldades. Portanto, colocamos no centro da estratégia criativa da campanha esse “tanto faz” para demostrar o quanto o posicionamento de Neto é falso, enganador e prejudicial à Bahia. No fundo, esse “tanto faz” atrapalha Lula e serve para mascarar o alinhamento de Neto a Bolsonaro”, explicou Luciana.

A coordenadora da campanha proporcional destacou ainda que a estratégia é um acerto da equipe de comunicação. “Essa equipe já nos acompanha há muito tempo. Em 2006 eles desenvolveram a tese do “time de Lula”. Foi tão acertada que pautou o Brasil inteiro e que segue sendo reproduzida. Nós vamos apostar em correr nessa raia dos votos de Lula na Bahia e aprofundar a identificação da nossa base eleitoral com o voto casado.” Luciana afirma ainda que é estratégico aprofundar a ideia de que a Bahia tem lado. “A população baiana sinaliza muito nitidamente sua intenção de voto presidencial. Lula é forte na Bahia e o povo baiano quer Lula, assim, nossa campanha proporcional também questiona o sentido dessa declaração de “tanto faz” que nosso adversário tenta expressar. O país não aguenta mais Bolsonaro, quando Neto assume essa postura ele contraria a vontade do eleitor baiano que já sinalizou também o peso do voto casado e sua predileção pelo projeto do PT, vai ser Lula Lá e Jerônimo Cá”.