WASHINGTON — O governo dos EUA anunciou a morte do comandante do grupo terrorista Estado Islâmico, Abu Ibrahim al-Hashimi al-Qurayshi, na madrugada desta quinta-feira, em um ataque de suas forças especiais em Atmeh, no Noroeste da Síria. A ação é considerada o mais duro golpe na organização terrorista desde a operação que matou seu antigo líder, Abu Bakr al-Baghdadi, em outubro de 2019.
— A força militar dos EUA removeu, com sucesso, uma grande ameaça terrorista para o mundo, o líder global do Estado Islâmico — afirmou Biden, em entrevista coletiva na Casa Branca.
Segundo o presidente, o ataque foi realizado com militares das forças especiais em solo para “diminuir” o risco de vítimas entre civis — segundo equipes de resgate locais, 13 pessoas morreram, incluindo seis crianças. No caso de Qurayshi, Biden confirmou relatos anteriores de que o líder terrorista morreu ao detonar explosivos antes de ser capturado.
— Em um ato final de desespero, sem pensar nas vidas de seus familiares, escolheu se explodir, não com um colete, mas sim explodir todo o terceiro andar [da casa], em vez de encarar a Justiça pelos crimes que cometeu — afirmou Biden. — E ele levou vários integrantes de sua família consigo, assim como aconteceu com seu antecessor [Baghdadi].
Segundo a agência Reuters, citando funcionários da Casa Branca, a explosão provocada por Qurayshi foi responsável pela morte de quase todas as pessoas que estavam na casa. Antes da invasão, as forças especiais alertaram a população para se afastar.
Fonte:O Globo / Foto: AAREF WATAD / AFP