Vereador O Gordinho da Favela ressalta a passagem dos 91 anos dessa conquista no Brasil
O vereador George Reis (PP), conhecido como O Gordinho da Favela, celebrou a passagem dos 91 anos da Conquista do Voto Feminino no Brasil, na sexta-feira (24). “Somente nesta data, em 1932, foi que as mulheres tiveram o direito de votar assegurado em lei”, lembrou.
Conforme o vereador, a comemoração da data é muito importante nos dias de hoje, “pois é uma forma de reforçar essa conquista das mulheres brasileiras e soteropolitanas”.
“Bertha Lutz (ativista do movimento feminista) foi assertiva em dizer que ‘recusar à mulher a igualdade de direitos em virtude do sexo é denegar justiça à metade da população’. Por isso, eu defendo as mulheres e busco desenvolver políticas públicas em prol de garantir cada vez mais direitos para esse público. Contem comigo!”, afirmou George Reis, O Gordinho da Favela.
História
As mulheres brasileiras conquistaram o direito de votar em 24 de fevereiro de 1932, por meio do Decreto 21.076, do então presidente Getúlio Vargas, que instituiu o Código Eleitoral. Vargas chefiava o governo provisório desde o final de 1930, quando havia liderado um movimento civil-militar que depôs o presidente Washington Luís. Uma das bandeiras desse movimento (Revolução de 30) era a reforma eleitoral. O decreto também criou a Justiça Eleitoral e instituiu o voto secreto.
Em 1933, houve eleição para a Assembleia Nacional Constituinte, e as mulheres puderam votar e ser votadas pela primeira vez. A Constituinte elaborou uma nova Constituição, que entrou em vigor em 1934, consolidando o voto feminino – uma conquista do movimento feminista da época.
Igualdade
A década de 1920 assistiu a diversos movimentos de contestação à ordem vigente. Em 1922, por exemplo, houve importantes acontecimentos que colocavam em xeque a República Velha, entre eles a Semana de Arte Moderna, o Movimento Tenentista e a fundação do Partido Comunista do Brasil. Nesse contexto, ganhou força o movimento feminista, tendo à frente a professora Maria Lacerda de Moura e a bióloga Bertha Lutz, que fundaram a Liga para a Emancipação Internacional da Mulher – um grupo de estudos cuja finalidade era a luta pela igualdade política das mulheres.
Posteriormente, Bertha Lutz criou a Federação Brasileira pelo Progresso Feminino, considerada a primeira sociedade feminista brasileira. Essa organização tinha como objetivos básicos: “promover a educação da mulher e elevar o nível de instrução feminina; proteger as mães e a infância; obter garantias legislativas e práticas para o trabalho feminino; auxiliar as boas iniciativas da mulher e orientá-la na escolha de uma profissão; estimular o espírito de sociabilidade e cooperação entre as mulheres e interessá-las pelas questões sociais e de alcance público; assegurar à mulher direitos políticos e preparação para o exercício inteligente desses direitos; e estreitar os laços de amizade com os demais países americanos.”
O voto feminino no Brasil foi reconhecido em 1932 e incorporado à Constituição de 1934, mas era facultativo. Em 1965, tornou-se obrigatório, sendo equiparado ao dos homens