A Presidência da República classificou como “sigilosos” os exames que Jair Bolsonaro (sem partido) fez para detectar o novo coronavírus e se negou a divulgar os resultados dos testes. O pedido foi feito pela reportagem do site UOL ao governo via LAI (Lei de Acesso à Informação) no dia 23 de março.
O presidente fez os exames em 12 e 17 de março, após voltar de missão oficial nos Estados Unidos. Ao menos 23 autoridades que estavam na comitiva presidencial naquela viagem contraíram o vírus. Bolsonaro afirmou que o teste deu resultado negativo para coronavírus nas duas vezes, mas nunca apresentou os documentos.
Defensor do uso da cloroquina e da hidroxicloroquina no tratamento contra o coronavírus, medicamentos cuja eficácia não é consenso na comunidade científica, Bolsonaro recentemente cobrou de médicos de São Paulo que revelem o receituário de seus tratamentos.
O UOL fez o pedido dos exames via Lei de Acesso à Informação três dias após o presidente dizer, em entrevista coletiva, que, depois da facada, não seria uma gripezinha que o derrubaria. Naquela dia, o presidente foi questionado por jornalistas, mas não respondeu por que não apresentava o resultado dos testes. Na ocasião o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, que participava da coletiva, disse que os exames são da “intimidade do paciente”.
Fonte: UOL
Foto: ADRIANO MACHADO