Deputada mais votada da história do país utilizou as redes sociais para comentar as especulações sobre o nome que irá compor a chapa do presidente nas eleições de 2022
A deputada estadual por São Paulo Janaina Paschoal (PSL) utilizou seu perfil no Twitter, na manhã deste domingo, 13, para comentar as especulações sobre o nome que será escolhido para integrar a chapa do presidente Jair Bolsonaro (PL) na eleição presidencial de outubro deste ano. Em uma sequência de quatro publicações, a parlamentar mais votada da história do país afirmou que os ministros do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, e da Defesa, Walter Braga Netto, “não são os nomes certos” para o posto de vice-presidente. Os generais da reserva do Exército são cotados para o cargo.
Nas publicações, Janaina Paschoal, que é pré-candidata ao Senado por São Paulo, cita o fato de o atual vice-presidente, Hamilton Mourão, ter decidido que será candidato ao Senado pelo Estado do Rio Grande do Sul, para argumentar que “fica estranho tirar um general para colocar outro”. A advogada afirma que “o bolsonarismo vai ter que abrir um pouco a cabeça” e diz que “a chapa para 2022 precisa ter alguma leveza”.
“Vamos lá. É natural que uma chapa vitoriosa siga unida na busca pela reeleição. Seria, portanto, natural que o General Mourão seguisse candidato a vice, nas eleições deste ano. Na medida em que ele trilhará outro caminho, fica estranho tirar um General para colocar outro. A chapa fica pesada e dá força às teorias da conspiração que sempre rondaram o governo. Eu sei que os bolsonaristas entendem que um general vice-presidente “protege” de um eventual afastamento no segundo mandato. Mas, antes de proteger o segundo mandato, precisa conquistar”, escreveu.
“O bolsonarismo vai ter que abrir um pouco a cabeça. A chapa para 22 precisa ter alguma leveza! Tenho o maior respeito pelos Generais Braga e Heleno. Mas eles não são os nomes certos. Podem me xingar, tenho direito e dever de alertar, pois sofri muito para tirar a esquerda do poder e não quero que eles voltem! Nenhum presidente é eleito apenas por seus apoiadores mais próximos! Lula está se movimentando para unir, integrar e o bolsonarismo insiste no isolamento. Reflitam”, acrescentou Janaina Paschoal.
Além de Heleno e Braga Netto, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, também é cotada para compor a chapa de Bolsonaro. Auxiliares do presidente e lideranças do Centrão defendem o nome de Cristina sob o argumento de que a deputada federal licenciada agregaria votos do agronegócio e do eleitorado feminino. Pesquisa feita pelo PoderData entre os dias 31 de janeiro e 1º de fevereiro aponta que 59% das mulheres acham o presidente “ruim” ou “péssimo”. No comparativo com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que lidera a corrida pelo Palácio do Planalto, o atual mandatário do país tem 22% da preferência das mulheres, ante 44% do petista. Apesar da articulação, aliados de Bolsonaro admitem que a escolha do candidato a vice será de cunho estritamente pessoal.
Vamos lá. É natural que uma chapa vitoriosa siga unida na busca pela reeleição. Seria, portanto, natural que o General Mourão seguisse candidato a vice, nas eleições deste ano. Na medida em que ele trilhará outro caminho, fica estranho tirar um General para colocar outro…
— Janaina Paschoal (@JanainaDoBrasil) February 13, 2022