HPV: Como se prevenir e identificar sinais precoces da infecção

Especialista destaca que o foco na prevenção, com vacinação e uso correto de preservativos, é essencial para reduzir complicações associadas ao vírus

O Papilomavírus Humano (HPV) é um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento de lesões genitais e cânceres, como o de colo do útero – terceiro mais comum entre as mulheres, desconsiderando tumores de pele não melanoma, conforme classificação do Instituto Nacional de Câncer (INCA). A infecção pode permanecer assintomática por longos períodos, dificultando o diagnóstico precoce. Por isso, o foco na prevenção é essencial para reduzir complicações associadas ao vírus. 

“A prevenção é sempre a melhor abordagem. Hábitos saudáveis, vacinação e o uso correto de preservativos reduzem significativamente o risco de contágio e suas consequências”, destaca o infectologista Marcelo Cordeiro, consultor médico do Sabin Diagnóstico e Saúde.

De acordo com o Ministério da Saúde, aproximadamente 20% dos cânceres humanos são causados por vírus, e o HPV é responsável por 50% desses casos. A família do HPV compreende mais de 150 tipos virais, sendo que os subtipos 16 e 18 estão implicados com a maioria dos casos de câncer de colo de útero. Além disso, estima-se que entre 9 e 10 milhões de pessoas no Brasil estejam infectadas pelo HPV, com cerca de 700 mil novos casos a cada ano.

Imunização

A imunização é uma das formas mais eficazes de prevenção contra o HPV. No Brasil, há duas versões da vacina. A quadrivalente, que protege contra os tipos 6, 11, 16 e 18; e a nonavalente, que oferece cobertura ampliada para nove tipos do vírus (6, 11, 16, 18, 31, 33, 45, 52 e 58).

A vacina quadrivalente está disponível gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS) para meninas e meninos de 9 a 14 anos, além de imunossuprimidos de 9 a 45 anos. Já a versão nonavalente pode ser encontrada na rede privada, como nas unidades do Sabin, sendo recomendada para mulheres de 9 a 45 anos e homens de 9 a 26 anos.

O esquema vacinal varia conforme a idade. São duas doses para crianças e adolescentes de 9 a 14 anos e três doses para quem inicia a imunização após os 14 anos. “Além da vacina, é essencial manter um acompanhamento médico regular e realizar exames preventivos. Educação sexual e informação qualificada sobre o HPV são fundamentais para incentivar hábitos seguros”, ressalta Cordeiro.

Diagnóstico

A avaliação médica é o primeiro passo para identificar sinais da infecção. Em mulheres, o exame “Papanicolau” (citologia cervical) é o principal método para detectar alterações celulares no colo do útero associadas ao HPV. Durante o procedimento, células da região cervical são coletadas e analisadas em laboratório.

Nos homens, uma consulta com um médico urologista pode revelar a presença de lesões no pênis, saco escrotal ou região perianal. Caso haja alterações suspeitas, pode ser necessária uma biópsia para análise laboratorial.

Outro exame essencial é a genotipagem do HPV, que permite identificar os subtipos do vírus presentes no organismo. A análise é feita a partir da amostra de um material biológico (secreção, muco vaginal ou urina, por exemplo).

“Essa identificação é crucial, pois nem todos os subtipos apresentam o mesmo risco. Com a genotipagem, é possível classificar o HPV e avaliar sua relação com o desenvolvimento de lesões e câncer”, explica Gélida Pessoa, coordenadora técnica do Sabin Diagnóstico e Saúde.

Acompanhamento contínuo

O monitoramento de pacientes com HPV é essencial para prevenir o agravamento da infecção e evitar complicações futuras. O acompanhamento médico deve ser contínuo, especialmente para aqueles que já apresentaram lesões associadas ao vírus.

“O tratamento das lesões causadas pelo HPV deve ser individualizado e pode incluir desde métodos químicos até procedimentos cirúrgicos, dependendo do caso. Mais importante do que isso é o acompanhamento médico regular, pois o HPV pode permanecer latente no organismo e se manifestar futuramente”, alerta o infectologista Marcelo Cordeiro.

Grupo Sabin

Com 40 anos de atuação, o Grupo Sabin é referência em saúde, destaque na gestão de pessoas e liderança feminina, dedicado às melhores práticas sustentáveis e atuante nas comunidades, o Grupo Sabin nasceu em Brasília (DF), fruto da coragem e determinação de duas empreendedoras, Janete Vaz e Sandra Soares Costa, em 1984. Hoje conta com 7.000 colaboradores unidos pelo propósito de inspirar pessoas a cuidar de pessoas.  O grupo também está presente em 14 estados e no Distrito Federal oferecendo serviços de saúde com excelência, inovação e responsabilidade socioambiental às 78 cidades em que está presente com 358 unidades distribuídas de norte a sul do país. 

O ecossistema de saúde do Grupo Sabin integra portfólio de negócios que contempla análises clínicas, diagnósticos por imagem, anatomia patológica, genômica, imunização e check-up executivo.  Além disso, contempla também serviços de atenção primária contribuindo para a gestão de saúde de grupos populacionais por meio de programas e linhas de cuidados coordenados, pela Amparo Saúde e plataforma integradora de serviços de saúde – Rita Saúde – solução digital que conta com diversos parceiros como farmácias, médicos e outros profissionais, promovendo acesso à saúde com qualidade e eficiência.