“Imagens da Ancestralidade em Tramas da Pele” compõe a programação do projeto EMARANHADAS

Exposição é assinada pela artista plástica, Aislane Nobre

A partir da sua história de vida pessoal, a artista Aislane Nobre compôs a exposição Imagens da Ancestralidade em Tramas da Pele, em que reúne um conjunto de ações que conduziram os resultados artísticos alcançados durante sua formação em artes visuais. Na mostra, que o público do projeto EMARANHADAS – Casa Rosada ConVida poderá conferir nos dias 28 e 30 de abril, a partir das 18h, pelo canal do Youtube da Casa Rosada, as peças foram criadas e apresentadas com base nas conjecturas (sugestão: trocar a palavra conjecturas pela palavra relações) de Aislane e dos seus ancestrais.

“Meu trabalho e minha vida são uma coisa só e acabam trazendo à tona as reflexões que faço, sobretudo dentro do ambiente familiar. Não me vejo fazendo uma arte que não relacione as minhas problemáticas, o que vivo e sinto”, explica a artista.

Um dos pontos de análise da exposição é o fato dela buscar interpretar a vida e sua presença num corpo protegido por uma pele em estado de mutação e reconhecimento dos valores intrínsecos à sua história. Sobre este aspecto, Aislane destaca que, quando pensamos em ancestralidade, o principal registro é a cor. 

“Um dos marcadores de racialização do corpo negro é a cor da pele e ela marca o fator ancestral, principalmente entre os negros retintos. Esse processo de reconhecimento, afirmação e fortalecimento se dá a partir do tom da pele, que é uma resistência”, pontua.

O Projeto Emaranhadas – Casa Rosada ConVida é uma realização da Casa Rosada, contemplado pelo edital pelo Prêmio Anselmo Serrat de Linguagens Artísticas, da Fundação Gregório de Mattos, Prefeitura de Salvador, por meio da Lei de Emergência Cultural Aldir Blanc, com recursos oriundos da Secretaria Especial da Cultura, Ministério do Turismo, Governo Federal.

Foto-Joao-Rafael-Neto