O ministro da Cidadania, João Roma, rebateu nesta segunda-feira (13) as declarações do governador Rui Costa (PT) sobre os elevados índices de violência na Bahia e disse que o “pior pecado é a transferência de responsabilidade”. Ao comentar sobre a morte de dois policiais militares da Rondesp, o governador petista colocou a culpa na política de armas do governo do presidente Jair Bolsonaro para a escalada da violência.Roma, por outro lado, ressaltou que o Brasil vem registrando redução no número de homicídios, enquanto a Bahia vai na contramão e tem tido aumento. Dados do Monitor da Violência, do G1, por exemplo, mostram que o estado teve crescimento de 7,1% nas mortes violentas no primeiro semestre deste ano em relação a 2020 – saiu de 2.737 para 2.931. Neste mesmo período, o Brasil registrou queda de 8%.“Caiu por terra o argumento do governador”, rebateu Roma. “Pior pecado: transferência de responsabilidade. A violência vem caindo no Brasil todo graças a uma política firme do governo Bolsonaro no combate à criminalidade. Temos registrado, por exemplo, recordes de apreensão de drogas. Já a Bahia vai na contramão do país. Até quando vamos tolerar a falta de planejamento e investimentos na Segurança pública?”, continuou o ministro.Em seu Twitter, Roma ainda lamentou a morte dos policiais e criticou os governos petistas pela escalada da violência na Bahia. “Me solidarizo com as famílias dos PMs Sd. Antônio Elias e Ten. Grec, vítimas da violência. Jovens comprometidos a nos proteger e que nos deixam muito cedo com um exemplo de dedicação ao ofício. Mais um triste fim de semana de rotina de homicídios na Bahia. Lamentável legado do PT”, escreveu.A mais recente edição do Atlas da Violência, divulgada no mês passado, mostrou que a Bahia novamente lidera o ranking de homicídios no Brasil. O estado registrou 6118 casos em 2019 (ano mais recente considerado pela pesquisa), com mais de 2500 mortes a mais em relação ao segundo colocado.O Atlas da Violência mostra que, entre 2018 e 2019, o Brasil teve uma queda de 21,4% no número de assassinatos – saindo de 57956 para 45503. Na Bahia até houve uma diminuição dos números, mas bem abaixo ao registrado no país. A redução no estado foi de 9,8% – foi de 6787 para 6118.Para Roma, os números evidenciam que os governos do PT na Bahia fracassaram na gestão da segurança pública. “O que temos na Bahia é uma insegurança pública provocada por um governo que não combateu o crime organizado, não investiu na valorização das forças policiais, não reforçou as estruturas de segurança, principalmente no interior. Um verdadeiro fracasso, e quem paga o preço é o povo baiano”, afirmou. |