Em vídeo que viralizou nas redes sociais, um dependente químico pede dinheiro na rua e um homem de dentro do carro desfere um tapa forte em seu rosto.
Chocado com o que viu, o ex-jogador de futebol e ex-comentarista da Globo Juninho Pernambucano se solidarizou com o rapaz. E, ao encontrá-lo, resolveu prestar uma ajuda.
De acordo com declarações do próprio ex-atleta no Twitter, o dependente químico se chama Anderson e será internado em uma clínica de reabilitação.
“Falei com Rogério Pereira, que é professor de processo penal e advogado, que foi até a casa dele [dependente químico]. Ele se chama Anderson. Antes de criticá-lo, saiba que na maioria das vezes o caminho das drogas é o único que é capaz, para muitos, de trazer algum prazer em estar vivo. Não incentivo ninguém a usar, mas não me acho no direito de dizer o que cada um deve fazer com seu corpo”, disse ele.
Ele completou o raciocínio. “Dito isso, com o Rogério Pereira, estamos enviando hoje o Anderson, com seu consentimento, para uma clínica especializada em dependência química, onde ele ficará no mínimo três meses. A família do Anderson só falou coisas boas dele. E sabe que ele precisa de ajuda.”
Juninho explicou que de nada adiantaria dar doações e dinheiro, pois Anderson certamente não suportaria a tentação do uso.
“Se ele precisar ficar um ano [internado], ficará, mas queremos ele recuperado e de volta à sociedade como exemplo para outros. Depois da cura, caso seja alcançada”, contou Juninho. “Ele precisa de dignidade humana”, explicou.
O ex-atleta se prontificou a dar assistência. “O ajudaremos a trabalhar, se alimentar e seguir seu caminho. Vai dar certo ? Não sabemos. Mas é o único provável caminho que poderá recuperá-lo à sociedade. Quanto a agressão sofrida, será muito, mas muito mais difícil esquecê-la do que se liberar do vício”, ponderou.
De acordo com o ex-jogador, sobre a agressão, o advogado Rogério Pereira se responsabilizará por abrir um processo contra o agressor.
Por último, Pernambucano publicou um vídeo de Anderson o agradecendo pela ajuda.
Fonte: Folhapress