Marcelo Maia indica requalificação do Dique do Tororó

Vereador diz que local precisa de ampla revitalização, incluindo manutenção de equipamentos

O vereador Marcelo Maia (PMN) solicitou ao Governo do Estado, por meio do Projeto de Indicação de nº 88/2021, a requalificação de todo o Dique do Tororó, único manancial natural da cidade de Salvador e tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

De acordo com Marcelo Maia, ao longo dos anos tem havido uma total degradação do Dique, um dos principais cartões postais de Salvador. “Sem qualquer zelo ou preservação principalmente de sua linda lagoa, com sua população sendo extinta a cada dia de forma criminosa pela falta de tratamento da água do lago”, reclama o vereador.

Muito frequentado pela população, principalmente a que vive no entorno, nos bairros do Engenho Velho de Brotas, Jardim Baiano, Tororó, Garcia, Nazaré e pelo público da Arena Fonte Nova, o Dique também é utilizado pelos adeptos das religiões de matrizes africanas para as suas oferendas e saudações, além de servir para a prática de esportes diversos, lazer e comércio.

O parlamentar afirma que, embora arborizado, o entorno da lagoa encontra-se destruído. Maia pontua que a área tá sem paisagismo, com equipamentos públicos, decks de pesca, anfiteatro, passeio, bancos, pistas, equipamentos de ginásticas e brinquedos infantis, todos danificados, oferecendo riscos aos usuários. “É um espaço público que agoniza por falta de atenção devida do Estado”, ratifica o vereador.

História

O vereador diz que o Dique do Tororó faz parte da história de construção da cidade de Salvador, mas existem divergências sobre a sua origem. Para alguns historiadores, trata-se de uma construção feita pelos holandeses para ajudar na fortificação da cidade contra os ataques luso-brasileiros. Já outra corrente de estudiosos acredita que o Dique nada mais é que um acidente geográfico natural. Essa divergência existe devido à escassez de documentação referente ao tema.

O vereador Marcelo Maia lembra que, através dos seus registros, um dos principais antropólogos e historiadores da cultura brasileira, o fotógrafo e pesquisador francês Pierre Verger levou a beleza do nosso Dique do Tororó mundo afora através de suas fotografias. 

O parlamentar destaca, ainda, a presença de doze esculturas, assinadas pelo baiano Tati Moreno, instaladas em 1998, que representam os Orixás do Candomblé, sendo oito instaladas na água: Iansã, Nanã, Ogum, Oxalá, Xangô, Iemanjá, Oxum e Oxóssi. Na terra estão: Oxumaré, Ossain, Logun-Edé e Ewá.