Marta cobra explicação da SMED sobre cancelamento de impressão de material pedagógico para aula remota

Para vereadora do PT, prefeitura precisa apresentar investimentos na modalidade remota enquanto a cidade não apresentar segurança para retorno de aulas presenciais

Líder da oposição na Câmara de Salvador, a vereadora Marta Rodrigues (PT) pediu à Secretaria Municipal de Educação (SMED) explicações a respeito do cancelamento de impressões dos cadernos de atividades pedagógicas utilizados pelos alunos durante as aulas remotas. Em ofício número 3158, a secretaria informa às gerências regionais de educação sobre a suspensão do material, retirado na unidade escolar, para ser levada às residências pelas famílias.

Segundo a vereadora, pais e mães têm se mostrado preocupados com a situação, já que a Smed também não estaria dando o suporte necessário para as atividades virtuais conforme propõem no ofício. Eles temem – acrescenta a petista – que a falta dos cadernos prejudique o aprendizado dos estudantes da rede municipal, forçando-os, junto com os trabalhadores da educação, às atividades presenciais em meio a insegurança sanitária da pandemia.

“A secretaria precisa resolver esta situação o mais rápido possível, por isso protocolamos um ofício cobrando essas explicações. Ao invés de dificultar o ensino remoto, o mais apropriado diante das evidências de uma terceira onda da pandemia, com a alta oscilação de leitos ocupados em Salvador, a prefeitura tem que dar todo o material de suporte virtual e melhores condições para às famílias, pois os trabalhadores da educação durante todo esse tempo não pararam um minuto para dar conta dessa realidade”, disse a petista.

No ofício, a Smed refere-se à suspensão da impressão e a abertura de licitação para o fornecimento do serviço à rede municipal. Marta questiona o porquê da falta de planejamento. “Estamos vivenciando um momento atípico no país também no processo educacional. Um problema como este não era nem para estar acontecendo. Outras denúncias, de que famílias estariam sendo ameaçadas com corte de benefícios caso não enviassem seus filhos às aulas presenciais, nos fazem questionar este rompimento na impressão do material didático utilizado pelos alunos”, declarou.

A vereadora disse esperar que a situação se normatize para que trabalhadores deem continuidade à programação pedagógica remota. “Infelizmente, Salvador não apresenta indicadores de segurança para retomada de aulas presenciais, como baixa ocupação de leitos, transporte público higienizado e com condições de distanciamento social, infraestrutura adequada. E isto está cada vez mais evidente, com as medidas restritivas que estão sendo retomadas. O mínimo que a prefeitura pode fazer é valorizar o ensino remoto, dispor do material, dar o suporte para que ele aconteça”, declarou.