Placas supostamente da prefeitura foram colocadas no local, mas retiradas após moradores apontarem sinais de possível falsificação
A vereadora Marta Rodrigues (PT) pediu à prefeitura e à Conder explicações urgentes à respeito de mais um desmatamento em Salvador, desta vez no bairro de Mussurunga 2, no Setor J, em uma área remanescente da Mata Atlântica, que vem sendo tocado por homens sem identificação e numa área sem placa de autorização de nenhum órgão público que indiquem legalidade da obra.
Moradores afirmam, ainda, que são expulsos de forma agressiva do local, quando procuram informações e iniciam gravações do processo de desmatamento. A vereadora esteve no local no último final de semana, presenciou e registrou a ação de derrubada de dezenas de árvores e o aterramento de três nascentes existentes no local. Marta iu, ao lado dos moradores, o acelerado processo de devastação em uma área que teria sido prometida à construção de uma área de de lazer e sociabilidade em meio ao reamanescente da Mata Atlântica.
Conforme a petista, ofícios foram enviados à Sedur e à Conder sobre o fato, e mesmo dado a sua gravidade, ainda não obteve respostas.
“No início das obras, tinham umas placas que eram aparentemente falsificadas com um número de contrato que informamos nos ofícios para serem apurados, depois as placas foram retiradas, e a devastação continua”, diz a vereadora.
Segundo um morador que prefere não ser identificado, a área teria sido repassada à prefeitura de Salvador para a construção de uma área de lazer ambientalizada com a área remanescente da Mata Atlântica.
“De repente, o que está acontecendo é mais uma devastação sem nenhuma legalidade aparente, feita por grileiros, e a prefeitura fica querendo levar o título de capital da Mata Atlantica. Nós de Mussurunga também queremos lazer, meio ambiente, tudo isso que ele promete só para bairros nobres e de ricos”, declarou.
Fotos: Divulgação