Para a vereadora, a prefeitura não trata os imóveis na capital com isonomia e os mais pobres, proporcionalmente, pagam mais que os ricos. “O IPTU segue sendo um problema na capital baiana e boa parte da população não tem informação para contestar”, afirma
Membro da Comissão de Finanças, Orçamento E Fiscalização da Câmara Municipal de Salvador, a vereadora Marta Rodrigues (PT) disse, nesta quinta-feira (15), que o prefeito se aproveita da proximidade das eleições para passar pano num problema grave que afeta toda população, que é o cálculo abusivo do IPTU de Salvador.
“A prefeitura não trata os imóveis na capital com isonomia e os mais pobres, proporcionalmente, pagam mais que os ricos. Bairro popular em Salvador está valendo mais que o Leblon, no Rio de Janeiro e a Oscar Freire em São Paulo”, completou.
Segundo a petista, desde 2013 ACM Neto e Bruno Reis chantageiam a capital baiana com o assunto do IPTU à medida em que editaram uma planta genérica de valores sem nenhum estudo ou escuta da população.
“ E dessa forma, passaram a ameaçar, ano a ano, a cobrança de um IPTU de 135 a 400% maior. E como têm medo da discussão pública, criaram um sistema de travas difícil da população entender e discutir, com graves distorções. Em ano eleitoral, deixou a população novamente refém e enganada”, explica a vereadora.
Conforme Marta Rodrigues, a discussão sobre o IPTU foi feita na Câmara de Salvador dezenas de vezes e em todas elas o prefeito fez pouco caso, “adiando um problema que afeta toda a população e a faz pagar preços fora dos valores normais”.
“Imóveis na mesma região, as vezes no mesmo condomínio (mas de torres diferentes), passaram a ser avaliados com valores diferentes (porque um aplicava a trava de 2013, e outros, construídos após 2013, não tinham a trava e o primeiro IPTU já era alto. Esta cobrança indevida tem trazido transtornos para toda a cidade. É preciso que a prefeitura reavalie o cálculo e revise a planta genérica de valores, pois ela apresenta uma grande discrepância em relação à realidade de Salvador”, afirmou,
Para a vereadora, é preciso rever toda a cidade e não só agradar ao mercado. “O IPTU segue sendo um problema na capital baiana e boa parte da população não tem informação para contestar, pois precisa de todo um trâmite burocrático que muitos não têm acesso. Precisamos rever o cálculo do IPTU”, ressaltou a petista.