Entre os dias 13 e 16 de setembro, das 12h às 17h, o Mercado do Rio Vermelho, equipamento da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE), será o ponto de encontro dos apreciadores de cachaça. O evento Ceasinha, Cachaça & Companhia vai apresentar, durante os quatro dias de programação, a importância cultural, social e econômica dessa iguaria nacional. É uma comemoração ao Dia Nacional da Cachaça, instituído em 2009, que transcorre em 13 de setembro.
Para Angelo Almeida, secretário de Desenvolvimento Econômico, esse evento cumpre a missão de valorizar a produção artesanal e os pequenos produtores, a partir de seu grande potencial cultural e econômico. “A Bahia é um produtor de enorme potencial, com cachaças artesanais como a Itagibá, que conquistou duplo ouro em três anos consecutivos no Concurso de Destilados de Bruxelas. Além dela, outras marcas são conhecidas e reconhecidas mundialmente pela qualidade. Potencializar ainda mais esse produto é um compromisso do órgão e do governador Jerônimo Rodrigues”, afirmou.
Estudioso da cultura da cachaça, o bioquímico Benjamin de Almeida Mendes coordena um projeto de resgate da memória da bebida. Ele contou que a “cana” existe há 500 anos, contudo a sua origem é incerta. “A cachaça inicialmente era produzida a partir da espuma originada na fabricação do açúcar mascavo, que em português se chama “tiborna ou esborno” e em espanhol “cachaza”. Considerado o destilado mais antigo das Américas, a caninha pode ter surgido em Pernambuco, no Recôncavo Baiano, no Rio de Janeiro ou em São Paulo. “Ainda precisamos de uma pesquisa mais aprofundada para saber com exatidão”, completou.
Questionado sobre como escolher a melhor cachaça, Benjamim foi enfático. “Aquela que cair no gosto do consumidor e atenda aos padrões de qualidade definidos pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), além dos atributos sensoriais que devem ser preservados, relacionados ao tipo de açúcar utilizado, a fermentação, a destilação, o armazenamento e o envelhecimento em recipientes de madeira”, concluiu.
Pelo segundo ano organizando este encontro, com uma pausa durante a pandemia, Carlos Anunciação, também proprietário da Cia da Cachaça, ressaltou a importância do apoio do Governo da Bahia. “Estamos hoje aqui comemorando essa grande iniciativa que tem impacto no aumento da comercialização do nosso produto. Ficamos muito felizes quando conseguimos agregar valor à bebida e mostrar que a Bahia produz cachaças maravilhosas e apreciadas em todo o mundo. Temos, atualmente, 27 produtores de cachaça no Estado e 130 produtos diferentes”, pontuou.
Apreciador, Maurício Smijtink, 58, contador, garantiu a passagem pelo evento. “Sempre gostei da bebida e fui pego de surpresa com essa comemoração. Achei o máximo. Experimentei três tipos de cachaça que foram envelhecidas em barris diferentes. Pretendo voltar nos outros dias”.
Quem visitar a Ceasinha também pode encontrar diversos tipos de cachaça na loja física do Empório da Agricultura Familiar, da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR). Com o evento, o promotor da rede e sommelier, Raimundo Freire, falou sobre como encontros como este influenciam na potencialização da venda do produto. “O sucesso da cachaça baiana deve-se muito ao apoio do Governo do Estado que incentiva a promoção da caninha em feiras e eventos, e agora cedendo mais esse espaço para divulgar o produto para baianos e turistas”, afirmou.
Durante todos os dias da programação, o público visitante poderá conhecer e degustar produtos diversos, além de aprender a história da produção da cachaça na Bahia e no Brasil e participar de rodas de conversa. O evento, iniciativa do box Companhia da Cachaça, também conta com apresentações musicais.
SERVIÇO:
Evento: Dia Nacional da Cachaça
Data: 13 a 16 de setembro
Horário: 12h às 17h
Programação: apresentações musicais, contação de histórias, exposição e degustação de produtos.
Fotos: Feijão Almeida/GOVB