Mercados municipais oferecem ingredientes a preços baixos para a ceia da Sexta-Feira Santa

Peixe, quiabo, castanha, camarão e dendê são alguns dos itens mais consumidos na Sexta-Feira Santa baiana que, em 2024, acontece no dia 29 de março. E, em meio à alta nos preços que é comum ao período, os mercados municipais são opções interessantes para quem busca economia, qualidade e comodidade na hora de comprar os produtos favoritos em um local perto de casa. Atualmente, Salvador conta com 14 mercados e diversas feiras sob a tutela da Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop).

Localizado na Ladeira da Água Brusca, o mercado de Água de Meninos oferece opções variadas de pertences para a confecção da ceia, com foco em frutos do mar e ingredientes para o caruru, o vatapá, a moqueca e outras iguarias da peculiar culinária soteropolitana. Para o aposentado Emanuel Santos, de 64 anos, as compras para a Semana Santa têm início no fim do Carnaval. “Começa a quaresma e já é grande a expectativa. Geralmente venho aqui buscar peixes em postas, como a pescada amarela, polvo, camarão e outros produtos”, explica.

Estrela de muitos pratos tradicionais, o quilo do camarão está custando, em média, R$50, variando de acordo com o tamanho do exemplar.

Durante a semana que antecede a Sexta-Feira Santa, o mercado funciona até às 3h, no tradicional Viradão de Páscoa. Normalmente, o funcionamento acontece de terça a sábado, das 6h às 17h, e nos domingos e feriados, das 6h às 12h. No ano passado, de quinta para sexta-feira o mercado funcionou 24 horas e com grande movimento de passagem.

Comerciante do local, dona Maria Joselita tem uma banca que vende itens da ceia baiana, como azeite de dendê, leite de coco, camarão seco, quiabo e castanha. “As pessoas preferem comprar tudo logo no começo do mês, para depois congelar até o dia de cozinhar. Para esse ano, a expectativa de vendas é muito boa”, lembra. Na banca de dona Joselita, o litro do dendê varia entre R$12 e R$15. O leite de coco, por sua vez, sai a partir de R$8. O camarão segue a média geral, por volta de R$50 o quilo, enquanto a castanha de caju tem preço médio de R$60.

“Tivemos uma grande procura no período do Carnaval, quando tivemos um bom movimento, por isso acredito que a Semana Santa será excelente”, lembra a comerciante.

Variedades – O Núcleo de Abastecimento, Comércio e Serviços (Nacs) de Itapuã, localizado na Avenida Dorival Caymmi, é outra boa opção para quem procura preços baixos e alternativas viáveis para a ceia. O Nacs funciona de terça a sábado, das 6h às 18h, e domingos e feriados, das 6h às 14h.

Veterano no comércio desses produtos, o feirante Joaquim Pereira, de 40 anos, conta com a antecipação das compras para ter uma quaresma feliz. “Sabemos que as pessoas têm essa coisa de antecipar as compras para não pegar o aumento de preços que acontece na Semana Santa”, diz.

Tradicional ponto de venda de produtos alimentícios, o Nacs Itapuã comercializa o feijão fradinho por R$10, cada quilo. Já o azeite de dendê custa, em média, R$15 o litro. O leite de coco sai, em média, por R$14, a castanha quebrada custa R$55, e o camarão, R$55.

Fotos: Bruno Concha / Secom PMS