‘Milho é o grão de ouro: nos próximos 3 anos, mercado é favorável à expansão da produção’

Presidente da Abramilho, Cesário Ramalho destacou na Abertura Nacional da Colheita do Milho que ainda há muito espaço para o cereal brasileiro no cenário internacional

No Brasil, cerca de 30% da produção de milho é exportada. Para o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho), Cesário Ramalho, o cereal é “o grão de ouro” e há espaço no mercado internacional que justifique a ampliação da produção brasileira.

“Existem compradores do milho nas porteiras do nosso país e nos portos, assim como para as proteínas animais. Eu digo para o produtor: existe o cliente, existe o mercado. Não podemos dizer que vai ser permanente, mas podemos garantir para os próximos três anos um mercado favorável para crescer com a produção”, disse Ramalho nesta quinta-feira, 22, durante a Abertura Nacional da Colheita do Milho 2021, realizado pelo Projeto Mais Milho em Primavera do Leste (MT).

Ainda de acordo com presidente da Abramilho, para dar suporte ao crescimento da produção, é preciso trabalhar em conjunto dentro da cadeia e, principalmente, com o governo, com políticas públicas para obter resultados positivos.

Ainda durante o painel dedicado ao mercado no evento, o presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin, destacou que, apesar dos problemas climáticos enfrentados pelos produtores rurais, houve alta de produtividade nos estados do Maranhão e do Tocantins. “Não podemos sofrer os picos de oferta e queda. A aflição dos especialistas é que haja milho e cereais que possam substituir”, disse .

Segundo Santin, com os picos no preço do milho, é importante construir maior estabilidade e obter soluções de sustentabilidade a longo prazo para a cadeia. Destaca que, para a safra 2025/2026, o Brasil teria que aumentar 41% da produção de alimentos, estimando a necessidade de produzir mais de 7,5 milhões de toneladas de milho.

Outro recorte do painel mostrou a projeção na produção de milho até 2030, porém a falta de armazéns é um entrave para o produtor. “Enquanto o produtor não tiver condições de guardar de uma vez a produção, vamos viver o caos, mesmo com a produção atingindo 300 milhões de toneladas de milho”, disse o presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), Fernando Cadore

Fonte/Foto:Canal Rural/Divulgação/Embrapa