A Missão Vendedores, organizada pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), contou com uma intensa agenda de trabalho iniciada na Indonésia, na segunda-feira (26), e teve o desembarque final em Bangladesh para o seminário ‘Cotton Brazil Outlook Dhaka’, na capital do país. Trata-se de um intercâmbio internacional que aproxima os cotonicultores e traders do algodão brasileiro de lideranças empresariais das nações mais relevantes para o mercado da fibra. A comitiva participou ainda de reuniões, visitas técnicas e encontros de negócios com entidades setoriais, órgãos públicos e empresários do setor.
Representando a Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), o presidente Luiz Carlos Bergamaschi avaliou a missão como “muito boa e estratégica”. Segundo ele, “é de suma importância para os produtores brasileiros fortalecer os laços com os clientes internacionais, reafirmando o compromisso com a excelência, a sustentabilidade e as boas práticas sociais e ambientais que permeiam a produção de fibra no Brasil. Além disso, a evolução da produção para atender às demandas do mercado e dos consumidores é primordial’, destacou Bergamaschi.
Os dois países visitados estão entre os dez maiores importadores mundiais de algodão. Bangladesh, em segundo lugar, disputa com a China a liderança. O país responde por 17% das importações da pluma mundial, devido à forte demanda interna. Já a Indonésia, ocupa a sexta posição entre os maiores importadores da fibra no mundo. No ano comercial 2022/2023, 23% das importações de algodão feitas pelos indonésios tiveram o Brasil como origem. No total, a Indonésia adquiriu 362 mil toneladas nesta temporada, para abastecer sua indústria têxtil, que foi responsável por 1,7% da exportação global de roupas, em 2022.
O Brasil atualmente é o terceiro maior produtor e segundo maior exportador mundial de algodão, com estimativa de embarcar 2,34 milhões de toneladas no ciclo comercial de 2023/2024.
A Missão Vendedores, concebida pela Abrapa em 2015, integra as ações do Cotton Brazil, promovendo a cadeia produtiva do algodão brasileiro globalmente. Conta com o apoio da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), da Associação Nacional de Exportadores de Algodão (Anea), Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e Ministério das Relações Exteriores (MRE).