Cerca de 20 milhões de brasileiros têm a doença no Brasil, de acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD)
Caracterizado pela produção insuficiente ou má absorção de insulina, hormônio responsável por regular a glicose no sangue e garantir energia necessária para o organismo, o diabetes acomete 10,2% da população no Brasil, o que representa cerca de 20 milhões de pessoas. Os dados são da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD). Apesar de não ter cura, a doença, que está dividida comumente nos tipos 1 e 2, pode ser controlada por meio de medicação e uma vida mais saudável, tendo, por exemplo, uma boa alimentação, realizando exercícios físicos regularmente e mantendo o controle do estresse e do peso.
Aliado a esses cuidados, o monitoramento do açúcar no sangue pode ajudar a prevenir o agravamento do diabetes, segundo a endocrinologista e consultora do Sabin Diagnóstico e Saúde, Thaisa Trujilho. “Manter os níveis de glicose no sangue dentro da faixa recomendada para o paciente ajuda a prevenir as complicações do diabetes, como doenças cardíacas, danos aos nervos, problemas renais, perda de visão e amputações. Além disso, facilita o ajuste das doses das medicações para manter a hemoglobina glicada A1c (HbA1c) dentro da meta individualizada para o paciente”, explica.
A especialista acrescenta ainda que esse acompanhamento pode ser realizado, por exemplo, por meio de exames laboratoriais: “Em pacientes com diabetes, o controle glicêmico deve ser individualizado de acordo com a situação clínica. A monitorização pode ser feita de diversas formas, a exemplo da avaliação laboratorial da glicemia e da hemoglobina glicada, diário das glicemias com realização de glicemias capilares determinadas em jejum, nos períodos pré-prandiais (2h após as refeições e ao deitar) ou por meio de monitores contínuos de glicose (CGMs), que medem a glicose no sangue de forma contínua”.
Thaisa salienta que tanto os pacientes com diabetes do tipo 1 e 2 podem apresentar sintomas semelhantes, como sede e fome excessiva, aumento da frequência urinária, perda de peso inexplicável, fadiga, visão turva, feridas que demoram a cicatrizar e infecções frequentes.
Diferença entre os tipos 1 e 2
Conforme dados da SBD, dentre os tipos de diabetes, 90% dos casos são do tipo 2. Essa condição ocorre quando o organismo não consegue utilizar adequadamente a insulina ou não produz o hormônio suficiente para controlar a taxa de glicemia. “O diabetes tipo 2 (DM2) é uma doença com forte herança familiar, comum em adultos, mas a incidência em crianças está aumentando devido ao aumento da obesidade infantil”, informa a endocrinologista.
Ela destaca ainda que, na maioria das vezes, a enfermidade é assintomática por um longo período, sendo o diagnóstico realizado por dosagens laboratoriais de rotina ou manifestações das complicações crônicas. “Com menor frequência, os indivíduos com o tipo 2 da doença apresentam sintomas clássicos de hiperglicemia: poliúria (quantidades excessivas de urina), polidipsia (excesso de sede), polifagia (fome em demasia) e emagrecimento inexplicado”, pontua.
Já o diabetes mellitus tipo 1, conforme a consultora do Sabin, é uma doença autoimune, poligênica, decorrente de destruição das células betas pancreáticas, ocasionando deficiência completa na produção de insulina. “É mais frequentemente diagnosticado em crianças, adolescentes e, em alguns casos, em adultos jovens. Os sintomas aparecem, normalmente, de forma rápida, muitas vezes em questão de semanas. Crianças podem apresentar sintomas como irritabilidade, mudanças de humor e fraqueza”, conclui.
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