O coletivo Mulheres no Rap, criado em 2020, tem o objetivo de contar a história do movimento hip-hop, mostrando e exaltando a importância do papel da mulher nesse cenário, com predominância masculina sob os holofotes. A impressão causada é de que mulheres são minoria na cena, quando, na verdade, a presença delas é crescente e constante. O Mulheres no Rap traz à tona a parte da história que por muitos anos foi apagada.
Criado por Leila Campelo, hoje conta com mais três mulheres: Manu das Rimas, Tassila (Bgirl Lilith) e Mina Nai. Apresentadas por Conde Leo, Leila convidou Manu das Rimas para fazer parte do projeto como apresentadora e atualmente, atua como produtora e coordenadora de comunicação e marketing. Após dois anos o MNR cresceu e o convite para integrar a equipe se estendeu a BIGirl Lilith, para fazer parte da comunicação, juntamente com Mina Nai que representa o Mulheres no Rap no Espírito Santo.
Juntas, realizam ações contando a história do hip-hop que foi apagada de nossas memórias através do audiovisual e das mídias digitais em formato documentário e compartilhando em suas redes sociais biografias de diversas mulheres importantes pro movimento.
O Coletivo realizou seu primeiro documentário com cinco episódios onde contaram a história do surgimento da cultura hip-hop, a importância da mulher na origem do movimento e citaram nome de grandes mulheres que influenciaram e foram fundamentais para o Hip-hop, além de contar a biografia algumas mulheres importantes para a cena e suas vertentes.
A segunda temporada do documentário foi lançada em 2022, nos cinco episódios já disponíveis no YouTube, o Coletivo se aprofunda na história das mulheres no rap da Bahia, começando por Salvador. Com a vontade de eternizar as histórias de mulheres da cena que em sua grande parte são apagadas, anuladas e não valorizadas, o coletivo tem como objetivo continuar com o documentário tanto em outras partes da Bahia e também com outros estados, expandindo o coletivo por todo território brasileiro.
Com intuito de fortalecer a cena feminina no hip-hop de várias formas, o coletivo também tem presença ativa nas mídias sociais, compartilhando conteúdos diários dando espaço gratuito para divulgação de músicas, projetos e lançamentos de mulheres ativas na cena, divulgando biografias de mulheres importantes para o movimento, principalmente para o rap, conteúdos educacionais, dicas e lives e também são compartilhados nas redes.
A promessa para 2023 é o lançamento do site oficial do coletivo que trará para o movimento uma comunicação mais ampla, servindo de suporte para agregar mais mulheres a rede de apoio. O site terá informações importantes, facilidade para comunicação entre público e o colégio, novidades, lançamentos de projetos e cursos disponibilizados para o xxxx de mulheres e lgbtqia+ que fazem parte do movimento hip-hop.
Apesar do projeto ter nascido em meio a pandemia da Covid19 seu objetivo é sair do virtual e se tornar um projeto que venha a sociedade e principalmente as mulheres do movimento através de rodas de conversas, festivais, shows, eventos culturais e educativos.
