Segundo moradora, insetos não param de chegar e estão destruindo pomares e hortas das propriedades
Uma nuvem de gafanhotos tem assustado moradores de comunidades rurais de Cuiabá (MT) nos últimos dias. Relatos de moradores do Distrito da Guia, cerca de 30 quilômetros do centro da capital, dizem que os insetos estão atacando árvores frutíferas, desfolhando mangueiras, coqueiros e cajueiros, além da produção de hortaliças.
Presidente da Associação dos Moradores do Quintas do Bandeira, zona rural do distrito, Josefina de Almeida conta que os insetos chegaram há alguns dias e que é a segunda vez que uma nuvem de gafanhotos aparece na região em 2020.
“Isso nunca havia acontecido antes. Aqui temos aqueles gafanhotos pequenos, verdes, e que ficam no mato. Esses são enormes e destroem tudo o que eles encontram, tanto que meu cajueiro está todo ‘depenado’. No início do ano eles vieram, e foram embora um tempo depois. Agora estão de volta e se movimentam muito com o calor”, contou.
Segundo ela, a comunidade é formada por pequenos agricultores. “Muita gente cultiva caju e manga para fazer doces para vender. Com a chegada desses gafanhotos, não vamos conseguir fazer o nosso trabalho”, disse.
Nesta quinta, os moradores chamaram a prefeitura para que alguma atitude seja tomada em relação à praga. “Eles vieram aqui e informaram que é preciso fazer um levantamento para poder atacar esses insetos de maneira efetiva”.
O Canal Rural entrou em contato com a Secretaria de Agricultura de Cuiabá, que informou que já enviou uma equipe para a região para fazer o monitoramento e possível controle da praga. “A Pasta já entrou em contato com a superintendência em Cuiabá do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e também do instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea/MT), para juntos elaborarem um plano de ação para minimizar os danos causados pelos gafanhotos, bem como das queimadas neste período de seca”, informou a secretaria, por meio de nota.
Ainda não há informações sobre a espécie de gafanhotos ou se ela tem alguma ligação com nuvens encontradas nos últimos meses no Paraguai e na Argentina.
Fonte Canal Rural / Foto:Divulgação/Arquivo Pessoal