O candidato a governador da Bahia, ex-ministro da Cidadania e deputado federal, João Roma (PL), garantiu que vai mudar a forma como o Estado da Bahia cuida dos servidores públicos se for eleito governador. Roma considera que, atualmente, eles são tratados como adversários e promete chama-los para elaborar um projeto transformador da Bahia. “O estado olha para os servidores como adversários, como se fossem simplesmente uma despesa no final do mês. Mas, na verdade, é através dos servidores que conseguimos fazer chegar o serviço de qualidade para a população”, disse Roma, em entrevista à Rádio Nordeste FM, de Feira de Santana.“As pessoas viram as costas e interpretam muito mal o papel do serviço público. A maioria está no serviço público por vocação, porque é movida justamente por interesse de atender às outras pessoas, com espírito público para fazer isso. Mas hoje todos os servidores estão desmotivados, não só por questão salarial, mas por falta de um norte para estes servidores”, disse Roma, que propõe chamá-los para que cada um possa participar de um projeto transformador no estado da Bahia.O ex-ministro da Cidadania entende que o trabalho desenvolvido pelo funcionalismo público é importante, pois influencia a vida de todas as pessoas. Por isso ele apontou a necessidade de proporcionais justas remunerações além de dar um sentido ao trabalho realizado. “Na questão da educação, o presidente Bolsonaro deu o reajuste no piso salarial, mas muitos não deram. Não estão tratando os profissionais com respeito e, por consequência, eles ficam cada vez mais desmotivados”, apontou Roma.O candidato do PL a governador também deu exemplo dos policiais militares que, além de salários baixos, enfrentam proposta do governo do PT que piora o sistema de concessão de pensões às viúvas. “Como é que um profissional da segurança pública vai sair de sua casa para defender a sociedade? Quando vem algum reajuste é em forma de gratificação que não incorpora ao soldo. Recentemente mudaram até a questão da previdência para que, mesmo quando há morte em serviço policial, a viúva não receba a pensão. Estas são coisas que começam a criar instabilidade na ação desses profissionais”, denunciou Roma.Roma explicou ainda que a burocracia é uma forma de dar impessoalidade, método e eficácia à administração pública. “O que precisa se observar são as disfunções da burocracia. Mas o que nós queremos, principalmente, é tratar as pessoas com respeito, com dignidade. Coisa que o PT não tem feito durante todo esse período”, enfatizou Roma, que declarou que vai precisar da colaboração de cada servidor público no Estado da Bahia “para que, de mãos dadas, a gente possa transformar a realidade do nosso povo”.