“O projeto de lançamento de livros de autores negros e de indígenas a um preço acessível é um exemplo de altruísmo e democracia”, pontua Sílvio Humberto

Um dos assuntos mais comentados pelos educadores nos últimos dias é a possibilidade de aumento na taxa dos livros. Isso é o que propõe a reforma tributária proposta pelo Ministério da Economia objetiva terminar com um benefício que reduz o custo de produção das obras. Caso a manobra seja aprovada, o governo passará a receber 12% sobre a receita bruta de todas as editoras. O feito impactaria ainda mais no acesso aos livros pela população mais vulnerável, que já enfrenta diversas dificuldades. Na contramão do retrocesso, o técnico do Bahia, Roger Machado, também conhecido por seus posicionamentos antirracistas e em combate pela igualdade de oportunidades, pretende lançar 50 livros de autores negros e indígenas. Embora seja um projeto de longa duração (5 anos) , as atividades já serão iniciadas em 2020 cujo público será a população de baixa renda, formada em sua maioria por negros.
O vereador Sílvio Humberto (PSB) usou as redes sociais para parabenizar o técnico pela iniciativa. “O projeto de lançamento de livros de autores negros e de indígenas a um preço acessível, é um exemplo de altruísmo e democracia de Machado. Além disso, é uma lição para muitos, sobretudo para o Planalto, que demonstra claramente o desprezo pelo povo brasileiro, em particular pelo preto, pelo pobre, pela populações indígena e quilombola”, destaca.
Sobre a iniciativa de Roger, o edil enfatiza: “Espero que a iniciativa seja tomada como exemplo, pois sua atitude coloca em prática o que diz a grande Conceição Evaristo:” Eles combinaram de nos matar, mas nós combinamos de não morrer”, ressalta.
Sílvio também pontuou a falta de empatia do Governo Federal com as classes mais vulneráveis.
“Em pleno período de pandemia e de uma crise educacional na qual estudantes têm uma série de dificuldades, seja de conectividade para aulas remotas, seja de acesso a livros, um governo insensível aos problemas do povo quer taxar os livros, o que resulta, sem exageros, em torná-los inacessíveis para uma grande parcela de alunos”, finaliza.