Cerca de 250 famílias denunciaram atos de violência em área de fazenda improdutiva na região de Itaetê, na Chapada Diamantina, nesta terça-feira (29). Uma pessoa foi baleada e está em hospital. Do plenário da Câmara dos Deputados, o federal baiano Valmir Assunção (PT-BA) reforçou a denúncia e defendeu a atuação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que retomou o processo de ocupação de terra na Bahia após dois anos de pandemia. Assunção salienta que os ataques e as ameaças não vão conter o movimento e responsabiliza o presidente da República a respeito da situação. Para o deputado, o MST deve continuar lutando e ocupando áreas improdutivas.
“As ocupações de terra na Bahia vão continuar porque Bolsonaro não vai destruir o sonho da nossa gente e do nosso povo. Por isso continuaremos lutando pela reforma agrária. Essa violência no campo é o resultado da política de Bolsonaro que não fez reforma agrária, promove a violência, destruiu o Incra, mas os Sem Terras vão continuar lutando pela reforma agrária porque acredita que é preciso democratizar o acesso à terra”, aponta o deputado petista. Foram, ao menos, nos últimos dias, seis grandes ocupações. Na Chapada Diamantina, além da Fazenda Dois Rios, em Itaetê, também foi ocupada área em Piritiba.
Valmir pede atenção e apuração urgente da presença de pistoleiros que chegaram armados e ameaçando as famílias do MST. “Uma jovem está baleada no hospital da cidade”, aponta. Ele parabeniza a decisão da direção do movimento na Bahia “de continuar ocupando, de caminhar, de pressionar e de continuar lutando por aquilo que acredita que é a reforma agrária”. Assunção diz que o MST tem apoio da sociedade brasileira. “Vamos enfrentar os bolsonaristas na luta contra o latifúndio, nas praças, nas ruas e onde quer que seja, mas não vamos abandonar a luta pela reforma agrária”, completa.