Teobaldo Pedro de Jesus, mais conhecido como Pastor Teobaldo, nasceu em 1966 no povoado de Inhatá, distrito de Amélia Rodrigues. Filho de um casal de lavradores, aos onze anos perdeu seu pai, vítima de um AVC e começou a trabalhar em uma serraria carregando toras de madeiras. Até se firmar como uma das grandes lideranças no município de Juazeiro, onde chegou ainda jovem, Teobaldo “ralou” bastante, como se costuma dizer. Pré-candidato a prefeito pelo Patriota, Pastor Teobaldo aposta no trabalho social e no seu “desejo de servir” como principais bandeiras da sua campanha. Conheça um pouco da sua biografia.
“Fui à luta. Nunca me senti coitadinho. Era um menino pobre, negro e que encontrou nos estudos o seu refúgio. Estudei muito e progredi. Aos quinze anos me tornei evangélico. Aos dezessete, após exercer diversas atividades de trabalho tais como peão, vendedor de picolé e trabalhar no cabo da inchada, entendi que precisava de algo maior. Entrei no banco Banorte e de lá resolvi fazer vestibular para Economia. Fui aprovado em oitavo lugar na Universidade Estadual de Feira de Santana . Fiquei por um ano no curso, pois percebi que tinha um chamado vocacional para ser pastor. Deixei tudo e fui para o seminário teológico. Estude Pedagogia Cristã e Teologia”.
Recebi o desafio para tomar conta de uma pequena comunidade com 15 pessoas em Juazeiro. Aceitei. Sempre gostei de desafios. A igreja cresceu e alguns anos depois ela já tinha 1357 pessoas. Foi um árduo trabalho. Pouco a pouco fui conquistando uma liderança na região de Juazeiro e Petrolina. Acabei me tornando uma referencia e conselheiro de lideres da região”.
Na década de 90 fundei uma ONG para trabalhar em favor dos mais necessitados. O projeto “Ame Mais” cuida de moradores de rua, crianças e idosos em situação de risco. Esse trabalho tem sido muito bem avaliado pela população juazeirense”.
Trajetória Política
“Desde novo sempre gostei de política. Gostava de ir aos comícios da região… Gostava da fuzarca, da muvuca… Aos 16 anos, na escola, conheci a filha de um pré-candidato a prefeito. Fui convidado para ir à sua casa ajudar a recortar santinhos e conheci seu pai, o senhor Antônio Pinto. Ficamos amigos… Um dia ele me disse: “você vai ser político”. Não levei a sério. Acabei ajudando na sua campanha. Foi justamente esse candidato que me deu um emprego na Prefeitura para trabalhar como cadastrador municipal.
Posteriormente, trabalhei na campanha de um candidato a prefeito de Feira de Santana, filho do ex-governador João Durval carneiro. Não ganhamos a eleição, mas foi uma experiência interessante.
De volta à Juazeiro, resolvi ajudar um amigo, Marcelo Junior, a tentar se eleger vereador da cidade. Foi aí que o ex-deputado federal Edson Duarte, que era vereador em Juazeiro, resolveu se candidatar a deputado estadual e veio ate minha casa pedir meu apoio. Ele propôs que se eu o ajudasse a se eleger Marcelo Junior assumiria sua vaga na Câmara como suplente. Na época não existia vereadores evangélicos em Juazeiro. Edson Duarte acabou eleito com apoio de evangélicos de diversos municípios onde tínhamos liderança. Desde então sempre apoiei e colaborei com Marcelo Junior.
Em 2004 me convidaram a ser candidato a prefeito, mas eu recusei. Em 2008 e 2012 fui novamente convidado e não quis. Em 2016, apoiei o ex-delegado Charles Leão, que ficou em terceiro lugar.
Finalmente, no final de 2018, um grupo de líderes (evangélicos e não evangélicos) vieram até mim e insistiram que eu saísse candidato. Coloquei diante de Deus em oração e tomei a decisão de dizer que sou sim pré-candidato à Prefeitura de Juazeiro.
Tenho em mim o desejo de servir. Está na essência da minha natureza. Toda a cidade sabe disso. Até os nossos adversários admitem isso. Entretanto, somente isso não basta. É preciso ter qualificação e nós também temos. Temos uma ampla qualificação. Além disso temos o nosso trabalho no terceiro setor, onde administramos uma ONG há mais de vinte anos. Desenvolvemos muitos projetos ao longo dos anos…Temos uma atuação muito grande dentro da sociedade na defesa da cidadania, na defesa da dos valores morais, cristãos e da família. Isso nos credenciou a ponto de evangélicos, católicos, espiritas até povos de terreiros nos procurar e dizer que se eu for candidato terei o seu apoio”.
Avaliação da atual gestão
“A gestão de Paulo Bonfim teve todos os motivos para dar certo. Ele teve o apoio do Governo do estado, da maioria dos deputados e o apoio de todos os três senadores. Acontece que o atual prefeito, orientado certamente por seus mentores intelectuais, optou por encher a Prefeitura de assessores. Optou em conquistar apoios através de contratações. Com isso faltou dinheiro para investir em áreas estratégicas como a Saúde, Infraestrutura e etc. Isso fez com que a população fosse se indignando, principalmente quando se faltou dinheiro para manutenção de hospitais. Outras situações desastrosas começaram a acontecer: o lixo se espalhou pela cidade, o serviço de água e esgoto já não está a contento, o numero de muriçocas se proliferando pela não limpeza dos canais.
Então, a minha avaliação da administração de Paulo Bonfim é que foi desastrosa para Juazeiro. A cidade parou no tempo, parou de avançar… Infelizmente, o resultado disso tudo é tristeza, atraso, sofrimento e êxodo populacional. Milhares de pessoas já forma morar em Petrolina. Em minha avaliação a oposição ganhará a eleição em Juazeiro. O povo não quer mais a continuidade de uma gestão que não prioriza as pessoas. Prioriza os parceiros, os amigos e aliados. Atual gestão transformou a Prefeitura em um grande balcão de negócios, onde os interesses coorporativos estão acima dos interesses do povo”.
Fotos: Arquivo Pessoal