Paulo Azi critica omissão de Rui em imbróglio envolvendo Vitória e Arena Fonte Nova

O deputado federal Paulo Azi (DEM) criticou a omissão do governador Rui Costa (PT) no imbróglio envolvendo o Vitória e Arena Fonte Nova. Torcedor do Rubro-negro baiano, Azi classifica como injustificável a negativa do consórcio que administra a arena para que o Vitória mande seus jogos no equipamento e ressalta que, diante do impasse, cabe ao governador, enquanto representante do poder concedente, intervir e apontar uma solução.

“Falta transparência nesse caso. O Vitória não está fazendo nenhuma exigência absurda. O que se pede é tratamento isonômico em relação ao que foi dado ao Bahia. Quando o contrato com o Bahia foi assinado, não havia essa determinação mínima de 12 mil sócios, exigência com só foi incluída nove meses depois por um aditivo. O governador precisa intervir, até porque é dever dele enquanto chefe do poder concedente”, enfatiza.

O deputado diz que a ida do Vitória para a Fonte Nova ajudaria a reduzir o custo que o governo tem com o equipamento. “Desde 2013, a operação da Fonte Nova é deficitária e necessita de repasses do governo. Já ficou claro que sediar apenas as partidas do Bahia não vai resolver isso”, frisa, lembrando ainda que um dos itens do contrato de parceria público privada assinado entre o poder Executivo e o consórcio prevê esforços para que ambas as equipes mandem seus jogos no equipamento.

“O poder concedente compromete-se a envidar seus melhores esforços para que as partidas de futebol oficiais dos maiores clubes do estado da Bahia, notadamente Esporte Clube Bahia e Esporte Clube Vitória, sejam realizadas no estádio da Fonte Nova”, diz o item 12.3 do contrato.

Paulo Azi disse esperar que as motivações para a omissão de Rui não sejam políticas. “Quer dizer que o governo da Bahia tira todo ano do povo baiano R$ 150 milhões para pagar ao consórcio OAS-Odebrecht, além de cobrir eventuais prejuízos anuais da administração da arena para apenas um clube baiano poder usufruir do estádio? É isso mesmo?”, questiona.