Deu a lógica. Com o apoio do governo estadual, o deputado Paulo Rangel (PT) foi eleito nesta terça-feira (05) pela Assembleia Legislativa como o mais novo conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM). Ele derrotou o ex-deputado e ex-presidente da Casa Marcelo Nilo (Republicanos), nome lançado pela oposição. O placar foi de 36 votos contra 22. A votação foi secreta, por meio de cédulas de papel depositadas em urna.
Enquanto Rangel teve menos votos do que o esperado – o petista se inscreveu candidato com as assinaturas de 38 parlamentares -, Nilo recebeu mais – o ex-deputado entrou na disputa com 19 apoiadores oficiais. Para ser eleito, o número mínimo de votos era 32, ou seja, maioria simples entre os 63 membros da Assembleia.
Conforme anunciado pelo partido, os quatro deputados do PCdoB – Fabrício Falcão, Zó, Bobô e Olívia Santana – não compareceram à sessão de votação em protesto contra a manobra do PT, de parlamentares da base aliada e do próprio governo Jerônimo Rodrigues (PT) que inviabilizou a inscrição da candidatura do primeiro.
Como não conseguiu o número mínimo de 13 assinaturas para se inscrever como postulante, Fabrício tentou entrar na disputa via requerimento à Mesa Diretora, que, no último dia 27, sequer analisou o pleito porque a reunião do colegiado não ocorreu por falta de quórum – a maioria governista se ausentou. Também não compareceu à sessão de hoje a deputada Ludmilla Fiscina (PV), alegando motivos de saúde.
Antes da eleição em plenário, os dois candidatos foram sabatinados e tiveram os nomes aprovados na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia. Paulo Rangel, que agora será nomeado para o TCM por Jerônimo, substitui o conselheiro Fernando Vita, que se aposentou em dezembro de 2023.