Recorde de casos de covid-19 e redução de leitos em Petrolina preocupam
O colegiado de Economia da Facape divulgou um boletim detalhado sobre a atual situação das cidades de Juazeiro e Petrolina nesta segunda-feira (21). Segundo dados da pesquisa, Petrolina e Juazeiro enfrentam um aumento recorde no número de casos de covid-19, e a redução de leitos emergenciais pode agravar ainda mais a situação da população das duas cidades.
O número total de casos de infecção por covid-19 nas duas cidades, segundo última pesquisa realizada no dia 18 de dezembro é de 18.335, sendo 11.208 casos na cidade de Petrolina, em Pernambuco, e 7.127 casos em Juazeiro, na Bahia. Os óbitos totalizam 272, com 117 mortes em Petrolina-Pe e 132 mortes em Juazeiro-Ba. Ainda segundo a pesquisa, nas últimas 5 semanas, a média de casos semanais supera os 550 e 210 em Petrolina-Pe e Juazeiro-Ba, respectivamente.
A pesquisa também destaca o preocupante número de leitos disponíveis nas duas cidades onde, em Petrolina, o Governo do Estado fechou o hospital de Campanha alegando baixa taxa de ocupação, o que causou uma redução de 20 leitos de UTI. Além disso, a policlínica do Hospital Universitário/Univasf desativou, no dia 05 de novembro, 10 unidades por falta de pacientes. Contudo, foram contratados mais dois leitos no Neurocárdio no dia 27 de novembro e no dia 14 de dezembro mais 10 leitos entraram em funcionamento da Unidade de Pronto Atendimento do Estado (UPAE).
Assim, o total de leitos atualmente disponíveis é de 43. Dos leitos públicos disponíveis, 28 estavam em uso (65,12% de ocupação) no dia 18 de dezembro. Em Juazeiro, mais dez leitos de UTI foram reabertos, totalizando agora 38 leitos de UTI públicos existentes dentro da cidade. Destes leitos, 13 estavam ocupados (taxa de ocupação de 34,21%) em 18 de dezembro. A linha da média móvel também aumentou na cidade de Juazeiro. A última média móvel, divulgada no dia 18 de dezembro, foi de 0,71 novos óbitos, enquanto 7 dias atrás foi 0,29. Em Petrolina, a média móvel reduziu. O último dado indica 0,43 novos óbitos, enquanto 7 dias atrás era 0,71.
Para o pesquisadores e professor da Facape, João Ricardo, o momento é de preocupação e cuidado, “A situação atual da pandemia no Vale do São Francisco gera grandes preocupações pois a quantidade de novos casos cresceu bastante, a quantidade de casos ativos também aumentou e se tem um processo de redução de leitos de UTI públicos disponíveis para a população. Assim, os cuidados precisam ser redobrados e todas as medidas de prevenção devem ser seguidas, como o uso de máscara, álcool gel e distanciamento”, concluiu.
Assessoria de Comunicação da Facape