Após o rompimento do PP com o governador Rui Costa, o partido divulgou uma nota pública “rememorando a contribuição do partido nos êxitos das últimas quatro gestões estaduais e explicando o motivo da decisão”.
A cúpula do PP na Bahia decidiu entregar os principais cargos a Rui, rompendo uma aliança de 14 anos com o PT no estado. Agora, o partido deve apoiar a eleição de ACM Neto (União Brasil) na disputa pelo governo da Bahia.
“Somos homens e mulheres dedicados ao trabalho pelo desenvolvimento do nosso Estado e as propostas programáticas do partido sequer foram consideradas”, diz trecho da nota.
“Chegou a hora de partir, de mudar para avançar”, finaliza o documento.
Veja:
NOTA PÚBLICA – PP
O Progressistas Bahia decidiu buscar novos caminhos. Mas, antes de falar do futuro, precisamos rememorar a contribuição do Partido nos êxitos das últimas quatro gestões estaduais e explicar o caminho que nos trouxe até esta importante decisão.Nesses 14 anos de aliança com o PT da Bahia, o PP contribuiu ativamente nas três vitórias eleitorais de 2010, 2014 e 2018. Participou das administrações petistas com companheirismo e protagonismo nos avanços conquistados. Neste período, o vice-governador João Leão, presidente estadual do Progressistas e uma das principais lideranças políticas da Bahia, esteve à frente das secretarias de Infraestrutura, Desenvolvimento Econômico, Planejamento e, em todas elas, realizou gestões responsáveis e inovadoras, assim como todos os quadros do PP que participaram do governo.Vale ressaltar que neste período de aliança, jamais faltou lealdade, dedicação, apoio parlamentar e espírito público. Depois de muitas reuniões sob a coordenação do senador Jaques Wagner, foi atribuída ao partido a responsabilidade de assumir o governo durante os nove meses finais do atual mandato.O governador Rui Costa se afastaria do cargo para concorrer ao senado federal e o senador Otto Alencar ao Governo do Estado. Mesmo não concorrendo a um mandato popular, Leão aceitou o convite com a convicção de poder trabalhar muito mais pelo povo baiano.Logo após aceitar o honroso convite, Leão participou de um encontro em São Paulo com o ex-presidente Lula, acompanhado do governador Rui Costa que, na oportunidade, deu conhecimento do acordo a Lula.Na segunda-feira, 07 de março, porém, em entrevista a um programa de rádio de Salvador, o senador Wagner anunciou a nova composição da chapa. Nela, o vice-governador João Leão não teria nenhuma participação. Leão também não mais assumiria o governo.Além de considerar inaceitável a quebra do acordo, a indelicada comunicação da decisão pela imprensa causou uma imensa decepção e a constatação de que o PP não era mais desejado e não tinha espaço na aliança que nos trouxe até aqui.Somos homens e mulheres dedicados ao trabalho pelo desenvolvimento do nosso Estado e as propostas programáticas do partido sequer foram consideradas.O partido se uniu em torno de Leão. De todos os rincões do estado chegaram palavras de solidariedade e apoio. A Executiva Estadual do PP, após amplo debate e consultas às lideranças progressistas, decidiu, por unanimidade, se afastar da aliança atual e buscar outros caminhos onde possa continuar trabalhando pelo povo baiano.O PP é um dos maiores partidos da Bahia e do Brasil e a nossa história não foi reconhecida na decisão dos líderes petistas.O partido agradece a civilizada convivência desses 14 anos com todas as lideranças partidárias e enaltece as relações construídas com os demais partidos da base.Chegou a hora de partir, de mudar para avançar.
Comissão Executiva do Partido Progressista – Bahia
Foto:Reprodução