Os últimos 10 dias foram que baixa para o preço do feijão carioca pago aos produtores. Neste período as cotações foram de patamares entre 300 e 350 reais para algo entre 200 e 220 nas localidades com feijões novos e nota 9, uma queda entre 30 e 40%.
Segundo o presidente do Ibrafe, Marcelo Lüders, essa queda drástica e rápida se deu por diversos fatores. Entre eles, a grande quantidade de feijão-caupi que na foi exportado e foi destinado ao mercado no lugar do feijão carioca e o crescimento no uso das cestas básicas em detrimentos dos supermercados levando algumas famílias a receberem mais do que consomem.
“Você tem também um fator novo. Como aumentou a área cultivada com feijões de ciclo mais curto, você tem variedades que antes tinham 90 dias de ciclo e hoje tem 75. Então aquilo que tínhamos registrado de área plantada que seria colhido lá no dia 10 de julho também ocorreu a colheita antes”, aponta Lüders.
A liderança destaca que produtores que estão colhendo neste momento e tem capacidade de armazenagem começam a não aceitar menos do que R$ 200,00. “Ontem e hoje já houve um bom movimento de venda fluindo dos produtores para os empacotadores. Então, neste momento, os R$ 200,00, ao que tudo indica, são o piso de agora”, diz.